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a casa do nihil - fluxo disperso lyrics

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a escuridão que me submerge
nessa minha nova alma que emerge
mas eu te digo que nada importa
e você só se vira, diz “se comporta”
existe uma nova crença que corta
sua essência já era tão morta
como é difícil abrir a porta
se a injustiça ninguém reporta
não posso agora dizer-te mais nada
pois sei que segue sempre nessa mesma estrada
densa e sombria
em busca de alegria
mas o que consegues é só letargia
e agonia
quando falta
pensa em se matar
mas não vá

é raro que entenda a dor de outrem
e ainda não me esqueço do ardor de ontem
e tem alguns que dizem “hipócrita!”
enquanto perp-sso a via ilógica
e sua crença escatológica
pra mim não muito mais que mitológica
filosofia minha sempre dialética
enquanto seguem sempre os padrões de estética
escrevo uma frase que é ant-tética
enquanto eles dizem que é antiética
tentaram achar erro no conteúdo
mas a coerência eu sempre saúdo
e me disseram que não sei do -ssunto
porque não respondo eu só pergunto:

qual a verdade por trás de tudo?
enquanto me elevo, eu fico mudo
minh’opinião eu sempre mudo
eu tenho a noção que não sei tudo

e eu me livro desse escudo
melhor arrasado que sem estudo
e eu sempre luto, eu não esqueço
eu p-sso o cartão não importa o preço
e não tens um terço desse apreço
eu não sei se presto, mas eu me empresto
mais um relatório novo, impresso
no meu estilo, à forma de verso

e eu tô diverso, eu sou o inverso
enquanto converso, palavra não meço
agora em mim a letargia
acaba a noite já vem o dia
e já falo quase em outro idioma
agora já é tarde, vem o sintoma
fácil como soma ou axioma
a nova ideia que se entona

mas eu voltei, perdão se me ausentei
da realidade eu me isentei
então me deixa ver o que foi feito
vendo me dói os olhos, sem ver o peito
nem sei se tenho parte da culpa
mas sempre que vejo, peço desculpa
agora é tarde, o sangue escorre
a minha metade chora e socorre
e minha outra parte é meio que arte
“depois de usado, sempre descarte”
me dê a mão, vamos pra fora
hey, eu te amo, a vida é agora



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