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adl - ruas traiçoeiras lyrics

[verso 1]
dizem que eu pego pesado e falo sério no rep
é que as crianças tão crescendo e eu não sou mais muleque
não dá mais pra brincar de rimar de versos
enquanto eu vejo nas ruas destruição do perverso
vou usar em prol do bem, o meu dom minha arte
não vou cobrar ninguém se eu não fizer minha parte
tudo errado na favela e no plano da viatura
os playboys na utopia e os vilões na prefeitura
noite vinha a boemia as lembranças não somem
aqui não tem super herói ele morreu como homem
mas que honra há na morte? qual o sentido de viver
pra morrer ajoelhado ou tentando correr?
implorando misericórdia pro novato do gatilho
nunca mais ver o sol nem o sorriso do seu filho
e você morre -ssim a toa, inimigo vem e zoa
o choro da coroa, lá fora o vento voa
e o diabo traça planos para as noites traiçoeiras
bar, balada, boate, boca, boteco e biqueira
quem sabe a traição de uma mulher ingrata
tu doente (na capa) no vírus (que mata)
no pó (na pedra), de luto (na lata)
no lixo (na lama), sem luta, sem nada
mesmo que você apenas brinque de viver
alguns brinquedos nessa vida irão machucar você
dizem que todos os caminhos levam a deus pai
mas foi só em jesus cristo que eu encontrei a paz
independente da tua crença, independente da tua cl-sse
não quero que tu morra, mano nem que você mate
policia ou bandido, preto ou branco, pobre ou rico
tenha fé, clame a deus e ele estará contigo
juízes hip hop, adl mc’s
não viemos pra julgar porque deus é o juiz

[refrão]
e ainda se vier noites traiçoeiras
se a cruz pesada for
cristo estará contigo
o mundo pode até fazer você chorar
mas deus te quer sorrindo

[verso 2: lord]
deu tantas às vezes a cara a tapa, sem se preocupar com nada
com toda a pista que te exalta e também te mata
sem contar o choro da criança quando o pão falta
se sentindo exausto, avante soldado se não o inimigo ainda leva sua alma
vivemos num ciclo sem fim vejo o que deixaram pra mim
nos caçando a nós mesmos enquanto desfrutam de tudo sozinho
eu olho a minha volta e o menor chora e a barriga ronca
e quando p-ssar minha onda, tudo continua -ssim
um tiro leva uma vida, vida que não volta mais
que faz a tia sofrida, não tem nenhum filho mais
por mais que tu não acredita, não dá pra voltar atrás
depois da tempestade vem a calmaria, deus sabe o que faz
chuva cai lá fora e o vento traz todo pensamento que é ruim pra ti
nosso povo quase morre de sede, mas tu de pé sem cair, deitado sem dormir
não se esqueça que seu inimigo faz tudo que puder pra te diminuir
eles querem nos roubar, mas eles não vão conseguir

[verso 3: dk]
quando o espinho dói na carne o silêncio guia minha oração
me jogaram na cova, perdido, sozinho, mas to mais faminto que qualquer leão
quando pilatos só lava as mãos, é nessas hora que o judas te beija
quando pedro quer pegar o oitão e fazer o soldado ficar sem orelha
defesa civil interdita seu barraco que corre risco de barreira
é tu não saber o que tá mais vazio, o coração, a panela ou sua geladeira
quando tu sente a palavra cortando sua alma saindo da boca daquela enfermeira
dizendo suas pernas agora são rodas adaptadas naquela cadeira
tua luz cortada, o morro sem água,filha pequena coroa de cama
desde pequeno aprendeu com as pancadas que o padrasto dava loucão de cana
faz bico em obra, cata papelão pra garantir o leite da semana
quem perdeu a casa pra chuva, sabe o que é querer sair da lama
quando a abstinência vira gigante, quando dalila tira sua visão
hiv dá positivo, caroço no peito dor no coração
a cocaína destrói sua família, o filho no crime, o pai na prisão
maria madalena levanta a cabeça que todas as pedras se encontrão no chão

[refrão]

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