b quest - nostalgia 96 lyrics
[intro: b quest}
nem sei bem o que escrever…
talvez tenha que matar num -ssunto clichê
eu, carrego memórias. trago retratos
de factos que por vezes nao p-ssam de fardos…
[berso 1: b quest]
nascido em 96, no seio de uma família com modéstia nos seus bens
10 anos depois de quem, me ensinou a ver além
por quem eu dava 100 porcento do que eu tenho
eu, era um plano que por fim já estava em marcha
mais um ente, tudo sente, nunca se topou farsa
quem me arrasta é o sonho, de uma família ideal
percetivel no ultrasom de uma maquina de hospital
uns meses correram com dois conjugando ideias
que a vida dá um fruto pra ser educado a meias
no banco tudo é estável, e o ninho é afável
e se ele não curtir histórias nos criamos-lhe uma fábula
mas ela tinha uma mágoa, estava diagnosticada
com a sorte malamada
foi formada uma hipótese, pela vida ou pela morte
ou nascia, ou ficava só por causa da hipófise
consultas e amarguras
o dia-a-dia de quem não vira a cara a luta
numa consulta de rotina, foi declamada a sina
de um futuro que morria, ou crescia e sorria
[bridge: stonaka]
-pois é d. cândida, não se projeta o quadro mais risonho… nos últimos meses temos dado continuação ao estado da sua hipófise…custa-me a dizer, mas dificilmente o seu filho verá a luz do mundo…
[verso 2: b quest]
tremia inquietada, dada a medicação
o que faz bem à cabeça pode foder o coração
mas nem tudo é em vão… resta a esperança
que a sua devoção pode salvar a criança
[bridge : carolina silva & b quest]
“meu deus qual é a fiança? qual é o caminho
para que o mais velho não fique a crescer sozinho?”
[verso 2 (continuação) : b quest]
a resposta onde estava? nada adiantava
e ele dava apoio porque a vida ainda andava
os dias p-ssaram e pesaram no sistema
que já não há volta a dar, que já não vale a pena
até que o doutor faz aquele telefonema
[bridge : stonaka]
-d. cândida eu vou precisar que p-sse aqui no consultório porque houve uma alteração no seu estado. para hoje, pode ser?
[verso 3 : b quest]
ela abria a porta com olheiras dum vazio
mergulhado no abismo, sem luz naquele sitio
e o seu ponto de equilíbrio? e o seu estado de espirito?
mudou quando soube que ia ter outro filho
o problema regrediu, quase como por milagre
que foi, foi… como? ainda não se sabe
na fase terminal fui esperado pela noite
dum dia de alegria que é junho, 18
[refrão : jony monteiro]
sente o vazio que há em mim, que parece não ter fim
preenchê-lo-ei um dia…
tu foste e eu fiquei na solidão, mas o mundo não gira em vão
a próxima volta é minha
[verso 4: b quest]
dei os primeiros p-ssos em direcção a um vinil
quando o meu “gugu dada” eram rimas de um quilo
nepia… mas em termos de estética
eu era o boy do estilo, mas com a veia poética
em matéria de fonética exibia bem saber
abancado pela ascendência que (me) podia abastecer
em que o seu parecer era do fino e requintado
e tinha o trilho traçado, futuro desenhado
o relógio batia ao ritmo da recessão
e o negócio regredia ao ritmo da desunião
ate que então, a divida era grande, e a duvida maior
quando a divisão aperta, a decisão piora..
[bridge : b quest]
-filho, são só 3 meses não custa nada. eu irei ao brasil só por causa de papelada
[verso 5 : b quest]
fizeste essa jornada sem pensar em quem te adora
em quem ficou sem chão, ao lidar com a penhora
e agora? a segunda vinda p-ssa?
vais viajar no tempo pra recuperar a casa?
huh… perdoa-me a retórica
fiquei acostumado a um espaço sem respostas
e a marca das palmadas que eu carrego às costas
é a carga que eu arrasto por teres as escolhas tortas
pai, tu serviste de exemplo
mas a imagem que tu tinhas foi levada pelo vento
e o teu belo sorriso já não te torna isento
preferiste vera cruz, ao teu próprio casamento
[verso 6: b quest]
foi consumada a decisão, crescia o meu vazio
e a noite deu-me a mão qd conversou comigo
éramos três com os avós, e a ajuda de uma tia
que acolheram os que sofreram os vícios do brasil
mãe, tu das o que não tens
e é força que me mostras que me faz querer ser alguém
mano, tenho que pedir desculpa
foste como um pai para mim e as duvidas eram mútuas
hoje encaramos tudo o que o destino nos trás
e um dia seremos três com o mundo aos nossos pés
96, versos que não chegam pro que eu sei
ou aquilo que eu sou… nostalgia 96
[refrão : jony monteiro]
sente o vazio que há em mim, que parece não ter fim
preenchê-lo-ei um dia…
tu foste e eu fiquei na solidão, mas o mundo não gira em vão
a próxima volta é minha
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