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bag - avenida das lembranças lyrics

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lembras-te quando era-mos putos e o mundo dava
p’ra dar a volta ao mundo e no fim voltar a casa
a alma não apagava e no fundo as nossas calças
guardavam o que encontrava-mos em aventuras inventadas

era-mos todos aspirantes a profissionais da bola
e o campo marca a sola gasta desses sonhos
o terreno guarda-nos na memória, e vai na volta
nós guardamos as mesmas pedras que marcaram os nossos golos
estivemos juntos desde a primeira playstation, é verdade
fomos deixando as impressões digitais
desde os cds até aos comandos e os sofás, e a mocidade
foi ficando guardada nos nossos memory cards
até sonhava que eu podia voar
e agora olhando p’ra trás, eu acredito que era um facto
porque as manhãs começavam na casa da minha avó
e acabavam com as tardes na avó do zé (que deus a guarde)
só parava-mos para almoçar e p’ra lanchar
e se há calor a mercearia é o nosso lar
e férias após férias juntos, aulas após aulas conto
as horas e os minutos p’ra podermos ir brincar, eu quero voltar…

(refrão x2)
nesta máquina do tempo ao meu p-ssado
p’la avenida das lembranças, ás ruas da mocidade
oxalá o futuro nos recorde como eu faço
e que um dia a gente lembre o que p-ssámos

lembras-te da felicidade? só a idade sabe dá-la
só a ingenuidade iguala essa falácia. e se cant-ssem?
eles não sabem o que nós sabemos malta!
porque se soubessem eles sorriam como eu faço ao relembrar:
os chipicaos e bolicaos e as batatas fritas
e os avós e mães aos gritos com as partidas
alguns partiram mas não morrem, acreditem
nem que eu faça mil versos, aquela rua sempre vive!
eternamente os momentos transformam-se em vento
moldam-nos a mente e aprendemos
crescemos com o melhor que a vida nos oferece
e agora eu quero agradecer-vos, então:
ricardo (obrigado!), antónio, zé e andré (obrigado!)
avós, naciolinda, noémia (obrigado!)
vizinhos, amigos, família!
e hoje o que eu sou é porque vi-me abrigado
vi-me deitado num leito de amor e agrado
e eu guardo p´ra sempre a lembrança num laço que eu não troco por nada
e p’ra sempre me abraça num abraço e viajo na máquina do tempo ao meu p-ssado…
eu quero voltar!



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