bag - rival do mundo lyrics
o estado está putrefacto, enterrado no subsolo
deu lugar ao nosso fado, agora, aguentas suporta-lo? ok!
se vais a p-ssos nunca hás de ver o sol e
debaixo do sovaco, hás de leva-lo sempre ao colo!
escravo desta herança de artistas de origami
de listas de votantes que se abstêm da esperança
vocês são erica fontes e nem ganham para as dores
no pescoço de chuparem a tesão aos governantes
querem ser kings no meio de tróia, mas são só tendão de aquiles
serem livres à batota? nem com relvas no jardim
querem tachos? atrasados! é bom que cozinhem os princípios
virem médicos ou juízes, não se armem em dom afonso henriques
queres ser modelo? põe no bolso o saca-rolhas
ou se fores louca e boa, põe a boca no trombone
queres ser virado? vira o rabo e aproveita
pensa como o teu andar fica engraçado da plateia!
seres socialite é meio caminho para o sucesso
se p-ssares a vida a pitar porcas, vai para a casa dos suínos
se p-ssares o dia a tomar banhos de botox
tenta p’lo menos acertar umas capitais em horário n-bre
se fores só estranho, pega no bote e põe-te em castelo branco
e arranja uma velha rica p’ró golpe do baú
e certifica-te que ela está com os pés p’ra cova
e que seja tão plástica que já foi dada como morta!
mãe, olha a minha fama efemera
quinze segundos na tv e ainda só vendi o orgulho
tu bem dizias que o talento não me guia
mas afinal, que sorte a minha, já estou nas bocas do mundo!
(refrão)
mãe, olha a minha fama efemera
quinze segundos na tv e ainda só vendi o orgulho
tu bem dizias que o talento não me guia
mas afinal, que sorte a minha, já estou nas bocas do mundo!
lili caneças, eu adoro-te, eu venero-te!
vamos fazer filhos bonitos: um de carne e um sintético
vamos ser felizes lá nessa mansão que albergas
convida a cinha jardim, vamos ser o trio do jet set
e rita pereira, vais continuar protagonista, girl
mantém o teu carisma, não deixes a inveja subir-te aos olhos
caga nas novelas, queria ver uma entrevista
entre ti e o anselmo, a falar olhos nos olhos
e seus langonhas, seus pseudo-kizombas
seus djs de maratonas das noites de arromba
ganhem juízo, poupem guito que esses tipos
ganharam no seu tráfico, e compra uma bossa nova
agora a sério, filosofemos como sócrates
se os potes de sopa que temos aos pés estão cada vez mais salgados
ajoelhemos, rezemos ao espírito santo
e já que na vida não vingamos, viremos o rabinho ao padre
de facto a poesia está a cair em rotina
está p’las ruas da amargura a cair p’lo precipício
e é o indicio da cobiça que iça a tua fama fácil
frágil é palavra certa p’rós artistas actuais
eu estou com o sam, vou abrir lavandarias!
estou como o gula com a balança digital!
estou tipo valete, já só crítico o mundo imundo
e mudo a minha letra artística p’ra xegar ás capitais!
(refrão)
mãe, olha a minha fama efemera
quinze segundos na tv e ainda só vendi o orgulho
tu bem dizias que o talento não me guia
mas afinal, que sorte a minha, já estou nas bocas do mundo!
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