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baitaca - estampa de galpão lyrics

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“me acorda nas madrugadas
um relincho de um cavalo
e a goela forte de um galo me faz saltar da tarimba
busco água da caçimba
e faço um fogo de chão
e cevo meu chimarrão bem na estirpe campeira
e vou conservar a vida inteira
minha estampa de galpão”

o canto do galo me desperta cedo
e no arvoredo canta a p-ssarada
um berro de touro escavando terra
e lá na mangueira berra a terneirada
escuto na sanga o grito de um jacú
já canta o ambú na mata cerrada
vejo a natureza coisa tão bonita
chega uma visita late a cachorrada

eu sou um campeiro marcado do tempo
curtido à fumaça de um fogo de chão
em nossas andanças por onde p-ssar
vamos conservar a estampa de galpão

sou índio nascido no chão das missões
e das tradições eu me sinto cativo
agradeço a deus por nascer campeiro
sou peão galponeiro de pé no estrivo
e por ser criado no meio do campo
eu canto e aprovo o que tenho motivo
honro a minha estampa e nossa tradição
não froxo o garrão enquanto eu for vivo

eu sou um campeiro marcado do tempo
curtido à fumaça de um fogo de chão
em nossas andanças por onde p-ssar
vamos conservar a estampa de galpão

gosto da humildade não tenho arrogância
de estância em estância meu verso se acampa
isto é o sistema que eu trago comigo
o arroz é seco e a rapa é na tampa
ainda eu sou do sistema antigo
do feijão mexido e coalhada na guampa
defendo minha pátria com garra e civismo
nem o modernismo não muda minha estampa

eu sou um campeiro marcado do tempo
curtido à fumaça de um fogo de chão
em nossas andanças por onde p-ssar
vamos conservar a estampa de galpão



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