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barrako 27 - morreu o barbeiro lyrics

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(né)

excesso de zelo
pra mim morreu o barbeiro
como diz o ucraniano
muito trabalho pouco dinheiro

sem estilo pra estilistas
desfilamos nas cabines
nem saímos a sucapa
em capa de magazines

aprendizes saem em cartazes
sem saberem as raízes
no conceito do respeito
são os incapazes

ofuscados pelas luzes
saídas da escuridão
com o brilho nas lentes
em forma de cifrão

não p-ssam de chicletes
mastigados deitados fora
rápido e bem não há quem
desistem e vão embora

há quem fique
resiste, persiste
insiste, subsiste
e -ssiste a figura triste

o xiste é o estado
destas quatro vertentes
nunca é defendida
com unhas e dentes

eles veem e vão
e nos por cá ficamos
as nossas leis é ser fieis
a família que criamos

todos estes anos
surgiram muitos imbecis
na rua são uns covardes
no rap são bruce lee´s

só da pataqueiros
vendidos por trocos
é mais m-ssa que recheio
por dentro são ocos

restam poucos que por amor
a camisola ou pelo prato
a presidência desta essência
cada dia um candidato

-ss-ssinatos
no sentido lato da palavra
é caricato e ainda bem
que esta família não se enquandra

(che)

mais um dia
mais um novo candidato
um novo artista
que soa a plastico

é so swaggers
em busca do estrelato
desfile de fantoches
a tentar dar espetaculo

com musica de engate
nas redes socias
mete like compram likes
com o dinheiro dos pais

é so fachada
hinotizados pela fama
que papam toda a merda
industrializada

acusam-se uns aos outros
sem olhar a meios
na disputa do podio
são esquecidos os verdadeiros

os pataqueiros
agarrados ao mercado
so fazem musica de merda
para poder p-ssar na radio

esquecido
os valores fundamentais
deturpam a luta
dos nossos ancestrais

nós nos mantemos reais
contra aquilo que venha
orgulho e originalidade
desta familia nortenha

refrão
morreu o barbeiro
este hip hop esta em coma
ligado às maquinas
industriais da zona
euro
todos querem aderir
das confecções do arame
p-ssou a pr-nto-a- vestir

(bis)

(m´cirilo)

o amor por isto
não seleciona idades
carregamos bem a cruz do rap
da nossa cidade

moços da liga pesada
querem jantes liga leve
antes era zêlo sóbrio
hoje em dia ficou cego

deus livrou-me desse dom
de ser grande porcalhão
levei coça da velhota
pra nunca ouvir reageton

estupidez é colocada
na primeira fila
inteligência á retaguarda
é aos deuses pedida

têm uma forma apenas
de subir na vida
é vendo a vossa sempre no topo
e a dos outros sempre fodida

a verdade asombra-vos
e o dinheiro compra-vos
ganzas deixam-vos papados
disso não papamos

letras de dor de corno
com pinta de gigolô
o nosso conteúdo é p-rno
a fazer parte do complô

o erro é a insistência
limitar é inteligência
-ss-ssinam tudo em beats
e esse crime não compensa

apesar das vossas tentativas
de impressionar
continuo a beber
a comer e a cagar

esses meninos são de
espécie perigosa
com trabalhos que o meu filho
escreveria numa hora

sensatez não te -ssiste
e esse empenho é fantasia
e a tua presença em palco
é a prova do invisível

não manjam ponta de um corno
nem pelo outro se guiam
põem pálas nas palavras
que nem sequer ouviram

(tuka)

a tua vida dava um filme
baseado em nada
inspirado em ficçao
com banda desenhada

é so românticos
e composições bem embaladas
em clichês
putos papam embalados, embaladas

otários com truques
novos looks, caem como tábuas
copias quem tu curtes
mas quem curtes não são cábulas

não resolvo problemas ao soco
mas contigo
não perder o controlo
é um imenso esforço

e os teus sons nem p’ouvir po gozo
(põe mais alto e desliga)
põe-te a escuta (moço)
eu tou a par de quem disputa o osso

nem chegues perto, chico-esperto
armado em estrela
eu topo logo que fazes da cultura
uma puta para fode-la

aqui é jogo limpo de versos
dentro de quatro linhas
cresce para ver se não apareces
com historias da carochinha

sem balelas lenga lengas
no barrako
monta a tenda á porta
e pode ser que aprendas

mas não sei se emendas

refrão (2x)



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