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bernardo blue - nandinho pessoa lyrics

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sempre pensei no que é que é ser feliz
mas para já não sei
construí um reino multifacetado
e dele tornei+me rei
sou tudo, essência e alma
deus do passado e presente
mas nem na minha própria mente
posso ser omnisciente
o cansaço abate+me
e eu até tento olhar para a frente
mas os dias rolam e rolam numa igualdade diferente
preciso de óculos para a vida
tudo é uma névoa indistinta
e o mеu desejo é fugir
ser cеifeiro numa quinta
sorrisos, cores, cavalos, gente
tudo nesta rua me diz algo diferente
perdido na multidão
sinto que nada importa
mesmo com tetos distintos
entramos pela mesma porta
mas hoje, a minha mente chove
e sinto uma mudança
porque estar sempre parado é algo que também cansa
e penso que talvez afinal não passemos de ilhas
por mais perto que estejamos
as almas estão sempre a milhas
se a dor que sinto é fingida
que dizer da felicidade?
o frio aperta+me a alma
mas não há necessidade
agora chamo+me alberto
já não vivo nessa cidade
porque ver sem observar é caminho para a felicidade
as rosas amo, lídia, que nascem no dia em que morrem
pois vivem toda a sua vida sem nunca serem da selena reféns
sê também assim, faz da tua vida um dia entre noites eternas
tudo morre, tudo passa
e aquilo que somos cedo terá fim
então colhe rosas
nada mais existe do que este jardim
recusa a ação
deixa a vida vir ter contigo
aceita o pavor do destino
vê de olhos fechados
ouve este conselho de amigo
e toda a cinza será jasmim
“quem sou eu?”
grito neste mundo em que me sinto mudo
engenheiro, pastor, eu faço um pouco de tudo
e a minha mente é uma tapeçaria de veludo
que desdobro preguiçosamente
sou poeta que não mente
e assim de repente, ganho alento
porque mesmo lentamente
pintando o dia cinzento
vou enchendo a minha mente de talento
posso até nunca ser nada
mas eu sonho eternamente

não imagino o que sinto
sinto com a imaginação
o sol que me acaricia carece de explicação
prossigo em vão, sem direção
procuro alguém que diga
“não sou campeão”
sinto que algo me espera no fim deste quarto
confio na sorte para já, eu
temo ter medo em vão do mistério da morte
talvez haja um céu
e metáforas que escrevi
que ainda hoje me arrepiam
mais nítidas que o estêvão da tabacaria
sou um fantoche neste mundo
preso por algo lá em cima
e nesta música, no fundo
sou prisioneiro da rima
nada se sabe nesta vida, tudo se imagina
tristonho, ponho para longe
o sonho que trai a minha mente
só assim lídia conseguiremos viver totalmente
posso imaginar+me tudo porque não sou nada
posso esquecer+me do destino enquanto estou na estrada
transformar o meu sol poente numa alvorada
transformar o meu sol poente
transformar o meu sol poente numa alvorada
falando sinceramente
falando sinceramente, vivo livre mas triste
vou livre para onde vou
vou livre para onde vou, mas para onde vou nada existe
“quem sou eu?”
grito neste mundo em que me sinto mudo
engenheiro, pastor, eu faço um pouco de tudo
e a minha mente é uma tapeçaria de veludo
que desdobro preguiçosamente
sou poeta que não mente
e assim de repente, ganho alento
porque mesmo lentamente
pintando o dia cinzento
vou enchendo a minha mente de talento
posso até nunca ser nada
mas eu sonho eternamente



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