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black alien & speed - vozes da seca lyrics

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[intro]
eu tô com os nordestinos, tenho muita gratidão
pelo auxílio dos sulistas nessa seca do sertão
mas não dou uma esmola a um homem que é são
ou lhe mata de vergonha, ou vicia o cidadão

[verso 1: black alien]
mergulhe comigo, me siga no raggam-ffin, me deixe falar a verdade
enfim no raggam-ffin mais transante da cidade
black alien e speed, dj castro e o rica
homenagem a gonzagão, mas que responsabilidade
o rap e o forró, baião e jungle num só
deixa nego na poeira, deixa nego na saudade
de sol a sol, de sol a sol
queimando até a cinza na fogueira das vaidades
troféu no hall, e ocê deixa autoridade
é seu dever dar de comer a dignidade
a terra dos porta vozes em estado de calamidade
original rude, faroeste caboclo style

[verso 2: speed freaks]
aqui tá os nossos filhos, o poder que quer colocar nos trilhos
vidas se estragando como milho
ensinos, crianças, vermes e bacilos, e vírus
se alimentando da poeira aglomerada na [?] rachada em blocos
deixando a amostra o que foram raízes das diretrizes
a umidade entra pelos narizes
r-t-rda a morte, camufla a crise, o crime
a merce dos gordos de terno e gravata, inchados de uísque
bebericando seu dry martini
fervores e crânios, brinquedos macabros, miragens de gerânios
enganam os olhos do povo de speed
mulecada se -ssusta com [?] de tamanha barba
o barulho da pole que av-ssala
jogando pra devorar a sopa de água rala
já basta a gentileza de pensar com carinho nos problemas da seca
onde quer que esteja
há mortos e feridos, humilhados também fazem parte desse peleja

[verso 3: black alien & speed freaks]
eu tô com os nordestinos que têm muita gratidão
pelo auxílio do sulista nessa seca do sertão
mas não dou uma esmola a um homem que é são
ou lhe mata de vergonha, ou vicia o cidadão
e é por isso que pedimos proteção a vosmecê
homem por nós escolhido para as rédias do poder
pois, doutor, dos 20 estados, temos 8 sem chover
veja bem, quase a metade do brasil tá sem comer
dê serviço ao nosso povo, encha os rios de barragem
dê comida pro sertão, e não esqueça da cidade
e -ssim nossa escola e no fim não existe [?]
e pagando até os juros sem gastar nossa coragem
se o doutor fizer -ssim, salve um pouco do sertão
manda um pedaço pra mim da riqueza da nação
nunca mais trouxesse seca, vira tudo nesse chão
vamos ver nosso destino que cê tem na vossa mão



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