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caixa cartão collective - à noite lyrics

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(verso 1 + uest)
partiste como um ponteiro de um relógio
cansado de andar às voltas no tempo
e eu ser o mesmo
talvez esteja na hora de aceitar e pensar
que não se brinca ao amar no vento
e às vezes não é estar contente que justifica
perder a rotina
em prol de alguém que não se aplica
saber amargamente
que isto é uma doença sem vacina
mas se me queres ter ausеnte então arrisca
ter uma vida difеrente decente
tira o meu nome da tua lista
deixa+me no passado
eu deixo+me ser amado
por quem me diga perfeito por ser tão errado
porque se até agora só amo aquilo que faço
é porque sei que verei sempre
amor igual do outro lado
(por muito que falhe nos passos)
fico dentro da minha bolha
à espera que ninguém pingue a folha
e foco naquilo que eu faço
sei que não há escolha
e por muito que passe tempo
sem enfrentar a tua face
vou acabar por encontrar+te
numa frase, numa fase
(refrão)
perdi+me a pensar em ti
cansei+me de andar às voltas
sei que já não voltas
fica a revolta a navegar no tempo
à noite ainda me lembro
do bem que a tua calma fez
a contar o que vivi
se voltasse era contigo
crescer montar abrigo
sentir calor no frio
saber o sabor do perigo
só mais uma vez

(verso 2 + rokelhe)
não vivo uma utopia
cabeça rodopia
pensar é rebeldia
ser igual a uma besta é selvajaria
resta ter boa pontaria
prometeria a lua se ela fosse minha
mas não daria uvas caso fosse vinha
ajeitaria o tempo se ele fosse linha
serei esse vazio que o meu poço tinha?
diz algo que me fira que me ferva
avista+me no ermo e fica pela berma
bem, nem haverá diferença
quando eu não for um corpo
e for uma tragédia grega
a morte ferra como führer
levas todos num ferry
não há pontos de fuga
népia, nah, nunca
a mão que me endireita
é a mesma que te curva
unga
(verso 3 + tácio)
à luz do sol tudo aconteceu
e é curioso, duas pedras colam
quem não fugiu sabe que anoiteceu
mas que as vistas de manhã melhoram
melhor que o momento
é ecoar para sempre
no reflexo do meu oposto até não ser exemplo
tal como o fumo que trago tenho a tendência ao denso
mas tira o peso que prende esse balão de ar quente
nada de eternamente
nem juras e lamentos
só quem quer realmente
vai dar valor ao tempo
que o mesmo é decrescente
só quem se compreende
sabe como preenche
é teres o que pretendes
tou a bulir no duro
a ampliar as frentes
visionar o futuro
e nem uso videntes
mostrar em evidências
mais do que o suficiente

(refrão)
perdi+me a pensar em ti
cansei+me de andar às voltas
sei que já não voltas
fica a revolta a navegar no tempo
à noite ainda me lembro
do bem que a tua calma fez
a contar o que vivi
se voltasse era contigo
crescer montar abrigo
sentir calor no frio
saber o sabor do perigo
só mais uma vez
só mais uma vez
só mais uma vez
só mais uma vez
(à noite ainda me lembro do bem que a tua calma fez)



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