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carolina costa - um "funeral" na fcsh lyrics

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intimista, pessoal, “um monólogo” descreve o rapper num verso de lenda. estas são algumas das palavras que poderão descrever brevemente o que ontem se sucedeu na faculdade de ciências sociais e humanas

numa entrada sem grandes surpresas, nerve aparece como quem dar início à cerimónia o mais rapidamente possível. “dá p’ra ver que acabei de chegar” foi o mote escolhido para abrir o concerto, verso que pertence à sua mais recente faixa deserto. depois desta preparação para o que viria, nerve prossegue com água de bongo, música mais antiga e que o rapper, em tom de brincadeira ou talvez ironia, desconfia que o público a conheça

depois de algumas conversas com os presentes e um acapella a anteceder um futuro lançamento, solta mais faixas do álb-m de 2015: trabalho & conhaque, entre elas uma das mais conhecidas, monstro social. entre as músicas surgem “shoutouts” aos produtores dos instrumentais e, numa delas em particular, também ao pai do produtor que foi o arquitecto que desenhou a fcsh. nerve recorre a um discurso minucioso que, de certo modo, mantém a sua faceta de homem misterioso e junta factos curiosos que captam a nossa atenção

um regresso ao p-ssado com pobre de mim mostrou que a maior parte do público já é fã de longa data. após algumas palavras, entrámos na fase “lamechas” do concerto, avisou o artista, antecedendo gainsbourg que foi entoado por quase todos os presentes. nerve serve-se desta atmosfera mais calma para perguntar quem realmente gosta do trabalho que faz e, entre risos, solta a faixa trabalho, como já se estava a adivinhar

o fim estava próximo e ouve-se nós e laços, música que se insere perfeitamente neste “cortejo fúnebre” que presenciámos ontem à noite. sem grandes rodeios, nerve anuncia que a próxima será a última do concerto e dá licença ao instrumental mórbido de subtítulo que deixou a faculdade em êxtase. entre “versos de fidalgo” encerra esta cerimónia e deixa-nos com curiosidade de ouvir a continuação dos acapellas com que nos presenteou

um concerto num estilo simples, em que foi viável pedir, humildemente, que ninguém grav-sse os acapellas que avançam com versos de um trabalho a ser lançado futuramente. este é um exemplo da proximidade que nerve estabelece com os ouvintes, em que por vezes até responde a comentários vindos da audiência com o seu sarcasmo do costume



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