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cartel 90 - rapólicos anónimos lyrics

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rapólicos anónimos lyrics
melo

tenho em mim todos os sonhos do mundo
sou a s+m+nte do trabalho pega colhe o fruto
rap luso puro como água que golpeia a pedra
torço, furo no escuro acendo como labareda

rimas nunca estão na reserva gosto do natural
de dia executivo, de noite um animal
vira o vendaval quando há tempo para tal
sou real e leal ao meu círculo social

instrumental nunca fica sem ser vestido com o que expiro
lê o papiro enquanto retiro
das catacumbas de são francisco, a paixão de cristo
dou sangue pelo povo, não pelo populismo

sintam o sismo nivel 12 dе intensidade
é vontade dе quando tinha a mesma idade
c+n+lizações avariadas ,ligações cortadas
vidas transformadas queimadas, novas sinas criadas
tantas ambulâncias chamadas vidas frustradas
consequência das pegadas dadas dádivas dadas
decisões mal guiadas fazem vida virar acha
quando se acha
que não é possível ser mais forte eu ponho siracha

a tua mente racha
fatura exposta, aponta nota
venho com a frota cheia de nota
no bolso de papeis valem mais que ouro de reis aumentamos decibéis

ouçam a versão dos próximos
bem vindo aos rapólicos anónimos
não há quem julgue apenas queremos atitude
usa a tua palavra ela é a maior virtude

ouçam a versão dos próximos
bem vindo aos rapólicos anónimos
não há quem julgue apenas queremos atitude
usa a tua palavra ela é a maior virtude

o topia

palavra une, palavra acende lume
sou taciturno mas sei que chegarei ao cume
apresento me para transformar realidade
cada barra uma fatalidade
pelo cartel lealdade na pele
movimento infiel ao fel
respostas não vejo quando olho para o céu
liberto me neste círculo

nem sempre participo mas se inicio
farei o sempre com um sorriso

ouve o meu latido
costela de latino
maddie desaparecido do vosso ouvido
imponho sentido enquanto corporativo
durante o dia vivo
exploro este cantinho, sê bem vindo ao paraíso

de palavras fazemos rodízio
rap de desconhecidos
aqui escrevem se livro de sacrifício
único este sítio, serviço público que satisfaz o teu vicio

relatório clínico demasiado cívico nas vicissitudes
carregador de valores e virtudes
activismo para educar juventudes
que não se julga por cores, apenas pelas atitudes

ima
rapólico anónimo alcoólico assumido
em versos perdido, em verbos encontro o meu caminho
instruído evoluído agora ouço sendo seletivo do ouvido
notívago não adormecido

regicídio assistido provocamos
sicarios hermanos, traficando áudios insanos
meros seres humanos, viciados de ressaca
guiados pelo ofício este vicio não o matamos na prata

autodidata

de primata a quem desempata
remata tiro certeiro na gravata
dona do cativeiro, não por dinheiro o importante é a mensagem
linguagem que pavimentou esta passagem sem cobrar portagem

em homenagem ao cartel onde cresci e aprendi
mais fiel que quem usa anel eu nunca me esqueci
que aqui me deram a mão como um irmão
e cada reunião fortalece a uniao

will

sente o vazio, dele tudo evoluiu
somos várias faces, e muitas delas ninguém viu
a rima flui+nos pelas veias como um rio
segregando a sujidade deste universo sombrio

subliminares, na escuridão somos heróis
liricistas de verdade + não passamos por street boys
reviro sóis + p’ra dar valor a cada barra
mas hoje + sinto que o meio é pouca uva e muita parra

não é pela paca + nós almejamos ter crédito
sair do anonimato pela força do mérito
forjados pelo fogo do lutar p’ra ter na mesa
aqui ninguém nos pára + que a nossa chama morre acesa

fica a lição: somos bem mais do que tu vês
fomentamos rap luso vulgo rap português
continua a caminhada rumo a sermos mc
até ao próximo episódio, a gente vê+se por aí



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