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césar oliveira - o domador e a milonga lyrics

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“na sina de pegar chucros, quando ia caindo a tarde
nos lábios do domador, uma milonga brotava
parecia que o bagual, ao receber o bocal
escutando o -ssobio, desta marquita, gustava

e se aquietavam mais mansos, os cavalos e as distâncias
o domador tironeava, queixo cruz e ventanias
e a milonga de aporfia, uma saudade amansava

e foram fletes e fletes, e sempre a mesma milonga
amadrinhando a labuta do domador pelo pago
o domador e a milonga, sovavam saudades e potros
o domador e a milonga, sovavam potros e saudades

o domador e a milonga, todos os dias queriam
rosetear em vida longa e até os baguais entendiam

no alvorecer da estância, depois de vários galopes
cruzando várzea e c-xilha, roçando as patas do potro
se embalavam esta copla, até os cachos das flexilhas

trotezito campo a fora, um talareio de esporas
orquestrava um milongueio, e um pingaço já de freio
vinha mascando a coscorra, pra dar comp-sso ao floreio

e foram fletes e fletes e sempre a mesma milonga
amadrinhando a labuta do domador pelo pago
o domador e a milonga sovavam saudades e potros
o domador e a milonga sovavam potros e saudades.

numa manhã de setembro, muy diferente das outras
se olvidou de sua coplita, e aquela potra bonita
que se arrasta num lançante, roda e quebra o domador

no silêncio deste instante, se foram peão e potra
pra alguma estância do além, mas a milonga porém
continuou viva ao relento, pois seguiu na voz do vento
tiflando no corredor, um funeral campesino
tironeando a saudade de um domador

e foram fletes e fletes e sempre a mesma milonga
amadrinhando a labuta do domador pelo pago
o domador e a milonga sovavam saudades e potros
o domador e a milonga sovavam potros e saudades.”



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