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chave mestra - deus lyrics

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[verso 1: faraó]
espero que os mortos se levantem cantando essa oração
meus primos lá no necrotério me servem de inspiração
cadáveres empilhados pelo sistema
pela polícia nos colégios pregando falso dilema
de ostentação, de violência sem explicação
tanto bate até que fure os pivete ‘indóida’ o cocão
ainda me lembro lá dos tempos de crianças
e do quanto incomodava a presença da farda cinza
os dreadlocks dançam livres e purificando o mal
vejo cristo reencarnado em cada humilde marginal
perseguido, renegado e sem resposta
eles chamam de igualdade as s-m-ntes da discórdia
“segurança” é o lema de -n-lfabetos armados
mas nossa arte resiste à opressão desses alienados
aprova vivendo de tanta fé que me ilumina
e se não mais ser livre não pode se chamar vida

[verso 2: bighead]
já vi coisa que não queria ter visto
e fiquei me perguntando: por que isso foi preciso?
se eu necessito só do que eu mesmo almejo
não tenho culpa se eu vim pra esse mundo cheio de defeito
faça o que eu falo e o que eu falo já foi feito
não é a toa que eu conquistei o respeito dos parceiros
pra ser maloqueiro não basta só andar descalço
tem que ter molejo e todo aquele swingado
quem tá ligado se identifica e nem dorme no ponto
que a cobrança vem com juros e nem dar desconto
mal feitores ‘enfracaçados’ invejando os loucos
puxando meu tapete pra que eu não chegue no topo
se vocês quer saber tenho uma diss pra ti
eles querem me derrubar, mas nem vai conseguir
é como dar um teco e depois tentar dormir
jamais eles vão tirar a essência que tem aqui

[verso 3: louco do texas & moral]
(falar com deus)
sem dobrar o joelho e fronteira com a mente
livrai-me do olho gordo e da mordida da serpente
(encontro em mim esperança viva)
e a fé sempre presente
mesmo se eu caminhar na sombra da besta me faça presente
(o que importa agora)
é o futuro de grana e os dias de glória
inimigos revoltados não contam vitória só contam histórias
(em minha trajetória)
aprendi com meus erros a ser o mais foda
que a partida é um novo começo e que a morte é a presa volta
(eu vou fazer por mim)
sem ter que ver meu fim
(não mudo afim de fins)
tem que ouvir partir
a posse do conquistado vivendo com mercenário
no meio das labaredas eu nunca serei tocado
e como a estrela de davi, eu seja iluminado
carreguei minha própria cruz suportando meu próprio fardo
que eu mesmo adquiri após lutar contra o diabo
que minha oração nunca volte vazia, o espírito livre e o corpo fechado



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