colónia calúnia – calvé lyrics
[refrão]
no final do meu espectáculo
canta o grilo
hábil ventríloquo
morte anunciada a cada
maço de ventil
hiperventilo
[verso 1]
as palavras flutuam-me na cabeça
marxismo intravenoso
num masoquismo cavernoso
que veda a porta da consciência
espalho condimentos exóticos
para afastar a demência
em tons de caril caótico
com emulsão de dormência
são seis da manhã
o fumo é inodoro
e já quase faz calor
com o mundo aos quadrados
na luz do monitor
janelas de vida ao contrário
tomam um pequeno-almoço
equilibrado
pinta o mundo a fresco
tira a dor com o frasco
este amor está gasto
o sensor está perro
mausoléu de barro
adornado a trevo
seja ponto -ssente:
no fim deste cigarro
o rapaz insensato
adormece vago
bem-vindo ao meu enterro
caibo aqui compacto
o caixão é barato
e se o adn não mente
então sou eu que estou trancado
[refrão]
no final do meu espectáculo
canta o grilo
hábil ventríloquo
morte anunciada a cada
maço de ventil
hiperventilo
[verso 2]
atrás destas paredes
crescem medos em sigilo
a morte é corriqueira
quando um deus a mede ao quilo
efervescência calma
de um -n-lgésico fabril
[refrão]
no final do meu espectáculo
canta o grilo
hábil ventríloquo
morte anunciada a cada
maço de ventil
hiperventilo
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