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colónia calúnia - ​esponja_c lyrics

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[intro]
confessa
sou constrangedor tipo david e golias
na esplanada
sem tema de conversa
parece amarração
estou mesmo amarradão
neste ramo de azevinho
durante o ramadão (ok)
e quase que adivinho
paciência funciona como um copo que é de vinho
podem beber do meu
mas um dia há-de acabar o garrafão
(yeah há-de acabar um dia mesmo)
tás a ver? basta veres
muita gente fala à toa
muita gente fala merda
muita gente fala merda à toa
basta veres muita gente
e muita gente fala merda à toa
muitas vezes

[verso 1: secta]
ok…ok…ok…
ok é mais um dia
mais uma bela tarde
a ouvir rappers machistas
cuja maçã de adão daria uma bela tarte
sou panda do tekken yo
dedo na ferida até ter feridas no dedo
sou fetiche do tétano yo
mando abaixo o teto hey yo
sente a fúria deste macho alfa-
-beto em ouro
e parece que cheguei
p’ra todos que diziam
que eu ‘tava perdido
mas parece que cheguei
deviam abraçar a carabina de kurt cobain
o tiro em vez da carapuça boy serve tão bem

(ok vou bazar…
boa noite a todos e..
peidos p’ra toda a gente
fui…)

[verso 2: tilt]
é aqui que eu entro
queimei o manual com escrita automática
tipo que escrevo enquanto vou lendo
“como ficaste -ssim?”
são perguntas que cá recebo
levo excerto do meu próprio excerto e acabo negro
vais ao fundo a querer tirar medidas ao bom grego
enquanto flutuo como um alfaiate na superfície do mondego
face àquilo que não bebo, faço aquilo que não devo:
mão na tábua, prego a fundo – acelero o enterro
haja tempo!
desconcentro
mc’s falidos com alicerce avariado
pagam para ter conserto
quero todos vestidos de preto
ok, sem querer converto cépticos em seguidores
que bebem licores com cianeto
eu teso…
ok, eu teso
se fico dentro da [caixa], de fora vê-se que estou dentro
lamento
fornico 99% da m-ssa ao caminhar lentamente na brasa
onde depois me sento
destino não é violento
é tudo belo. prometo
mas até agora só vi fel neste meu paralelo tormento
não me lembro até à data alguém que salve a malta
(não faz falta)
ok, então empalo cabeças na ribalta
hei de sair do escuro quando a tuga se achar apta
até lá, o puto mata
underground tipo agharta
o mundo não está do avesso
eu é que estou de pernas para o ar
como um morcego
que faz som que só o próprio radar capta



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