dactes - ncld cypher ep. 3 - bastardos inglórios lyrics
[verso 1: morris]
abednego na cova de fogo
abre pros nego as porta de ouro
ouro plaque, malote, destaque, pague
pros nego e pro povo
reencarnação farroupilha
minha alma é malê negra erudita
poesia de betume
negrume, grime tipo slime
aperte um fine, fume, dê um time
selvador, fauna flora, 50s e nine nines
dialetos urbanos, vivências em timelines
sorrisos no insta, strip no snapchat
na rede eles tá on, mas na vida tão offline
deus, me perdoe as punchline
perdoe as punchline
deus, perdoe as punchline
[verso 2: kaizen]
a 120 na pista, arrisca, na lista dos mais loucos
eu tô pouco me fodendo e eu tô muito me fodendo
olhe minha reação e faça sua análise
meu verso é furação, então me chame de catástrofe
destravei o pino da granada vendo meus irmãos se explodir lá no pino das biqueiras
chapado de álcool e paracetamol, sem paz vendo os manos se matarem nas trincheiras
as ruas sim tem o olho que tudo vê, do lado dela faz o horus parecer caolho
muitos querem olhar a roupa que eu visto, mas não tem coragem de olhar na bola do meu olho
vim pra ser mais um bruxo e não vou morrer nessa sua inquisição
poder ao povo preto, poder a todo gueto, poder e acordo cedo pra provar que sou função
então respeita a porra toda, aqui é os porra loca, corra, porra, morra de raiva
minha arma é o improviso, olhe na minha cara e diga que eu sou o macgyver
mc’s playground faz o rap de playground, me chame de sem teto pois sou a essência da rua
rimando em trap eu sou o raffa moreira, enquanto muitos pela saco tão no mundo dalua!
[verso 3: 16 beats]
tô nesse ringue das antiga viu, ladrão?
trocando vários murros antes que eu morra
bati umas luva com dona depressão
na moral, ela apanhou “pá porra”
tô no corre porra, o -ssunto é dinheiro e dinheiro é o -ssunto
tô na pista mais do que schumacher, hamilton, rubinho barrich-llo e ayrton senna junto
logo eu, índio vagabundo sangue guarani
ponto 40 minha flecha, vou destruir
cara pálida matou “pá usufruir”
leia o m-ssacre do paralelo 11
eles vende na mídia a desgraça dos preto
querem trazer dor para a mãe dos preto
o tesão do sistema é matar jovem preto
kaizen vei, os gambé da viatura são tudo preto
resistência, vila moisés vive
ângela davis vive, menino joel vive
contradição hoje morre
resistência…
zeferina vive, joão cândido vive
gangazumba também vive
tiro de 12 nos comédia, depois dessa eles morre, porra
foda-se a lírica que vocês tanto fala, minha cor continua indo para a vala
[verso 4: oddish]
soteropolipânico! vôo panorâmico! mil abutres no grid!
e esse jogo me excita bem mais do que um padre -ssistindo masterchef kids!
somos a nova sodoma, salvador é soda que borbulha corrosiva pra lacaio
meus amigos são filhos de zeus: dogma, fúria, narinas e raios!
soy el mago, pânico no lago! fogo na baga e o dedo na xota
vômito no carro, química no barro, e se essa porra choca, você pode ouvir projota
cara, saca seu engano
eu não sou seu mano e hannibal não é vegano
vi que a cena quer fuder comigo, eu vi o plano
querem me barrar tipo trump com muçulmano (mas eu vi)
suprema corte do face, agora crianças dizem o que é ouro (ouro)
julgam por seus interesses, cês tão brincando de ser serio moro (moro)
pecado é perder de vista cada demônio que aqui te rodeia (sou)
da terra do jorge amado, mas metade dessa porra me odeia
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