dalsin - o tempo não para lyrics
[verso 1 – dalsin]
carai, tava falando com o douglas um tempo atrás
as coisa veio acontecendo rápido demais
e tudo isso é fruto de muito trampo, rapaz
só deus sabe, só ele sabe como eu fui atrás
parece que foi ontem que eu era um pivete
colando no fut na quadrinha junto com os moleque
eu era só mais um, olhando pro céu sem pensar
esperando na espreita uma das pipa rodar
e quando acontecia era a maior felicidade
a molecada correndo, gritando, tio, sem maldade
não tinhas essas treta, os baile sempre bombava
não tinha nome na lista e a pista sempre lotava
porra jão, como eu queria ver os mano que colava
cazuza tava certo, tio, o tempo não para
hoje tô aqui, envolvido até o osso
inspiração em alta, vontade até o pescoço
tô vendo em cada esquina um rap diferente
é bom ver que esses mano tá fechando com a gente
fechado com os mano que é pra essa fila andar
mostrar que os mic do vale não parou de funcionar
[refrão]
levanta a cabeça, tio, não é tarde demais
o tempo corre, e nós não vai ficar pra trás
ta moscando no tempo não sai vitorioso
os mano trampa que é pro resultado ser prazeroso
[verso 2 – dalsin]
primeira vez que eu subi no palco, foi o começo
tava com os monstro do vale, tio, nunca me esqueço
pronto pra subir no palco, adrenalina subiu
o grito da rapaziada, meu coração foi a mil
tubaína anunciou, eu fui pro arrebento
minha vida inteira se resumiu aquele momento
corri muito atrás desse dia, até arrepia
junto com sete esquema e os mano do infantaria
eu vendo a rapá lá embaixo que tumultuava
eu com o mic na mão dizendo algumas palavra
pedi pro dj soltar a 2, ele soltou o rap
caverna só complementou: “vai que é tua, moleque !”
mandei a letra na base que já rolava
meu mundo era ali, não existia mais nada
eu terminei o som, a rapá aplaudiu
arrepiou a sola do pé a puta que pariu !
olhei lá de cima, vi o aplauso dos moleque
vi que o melhor dom do mundo é o de fazer rap
e quando a luta é difícil eu não me intimido
ontem eu era um pivete, mas hoje tô no seu ouvido
dizendo que o corre não pode parar
levo a vida e dela eu tiro o melhor pra me criar
[refrão]
levanta a cabeça, tio, não é tarde demais
o tempo corre, e nós não vai ficar pra trás
ta moscando no tempo não sai vitorioso
os mano trampa que é pro resultado ser prazeroso
[verso 3 – dalsin]
vem de cada mc que nasci com disposição
se foca no seu trabalho e levanta o povão
só quem p-ssou pode falar, tio, é foda o sentimento
casa lotada e você só vendo o movimento
dos mano, das mina, os vagabundo no hall
as vodka, as breja, as latinha de skol
‘caraio’, vou trampando pra multiplicar o dom
que possa subir lá em cima e sacudir a multidão
tô no corre a mó cota, não quero ver o fim
aquele dia foi osso, senti um barato em mim
era algo diferente, que eu não sei explicar
o presente que pedi, deus foi lá pra me entregar
recebi, guardei, agora uso
o meu objetivo é de mostrar aqui que o rap não morreu
a cada batida louca eu vou sentir o clima
eu vou fazer daquele dia o primeiro de minha vida
levando na disciplina, observando as mina
sei que na caminhada foi traçada a minha sina
pra que eu possa fazer aqui os rap virar
o que você ai desse lado tem o prazer de escutar
e pensar tipo o caverna, ele é bom no que faz
o tempo corre, vagabundo, e eu não vou ficar pra trás
[refrão]
levanta a cabeça, tio, não é tarde demais
o tempo corre, e nós não vai ficar pra trás
ta moscando no tempo não sai vitorioso
os mano trampa que é pro resultado ser prazeroso
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