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daniel luz - combater o monstro lyrics

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[verso 1]
fechei os olhos no meio da confusão
e senti um brilho intenso nesta imensidão
de escuridão
porque aquilo que me ilumina não fica num altar
é a beleza do que me alucina e faz filosofar
sinto que estou a gastar momentos preciosos
porque o tempo está a passar e não compensa os preguiçosos
e os nossos esforços parecem ser sempre vãos
tenta agarrar o tempo, que ele foge#te entre as mãos
que sejamos sempre sãos, é o que deseja quem nos cria
p’ra que vivamos na certeza de que aguentamos mais um dia
sem forçar uma alegria que por vezes é fictícia
que não passa a energia positiva mais propícia
isto vicia, e deixa#nos em piloto automático
deixa#me a mente fria como o círculo antártico
e p’ra quebrar o bloco de gelo pego no bloco de notas
com empenho e sem desdém ali desenho novas rotas
são portas que se abrem, quando a janela fecha
quando deixei de acreditar, é que apareceu a minha deixa
aprendi que quem se queixa e nada faz
continua a viver naquilo que ficou p’ra trás
e para alcançar a paz, o caminho é longínquo
é preciso apostar e acreditar num novo vínculo
onde aquilo que dermos um dia seja devolvido
logo que não houver mais assuntos mal resolvidos

[refrão]
tento combater o monstro que me impede de avançar
com um peso nos ombros que não consegues imaginar
a vida já me mostrou ambos os lados da moeda
não importa se estou alto, mais alta vai ser a queda
só espero que aqui estejas p’ra me levantar deste poço
para que eu viva aquilo que sonho desde moço

[pós#refrão]
e p’ra quebrar o bloco de gelo pego no bloco de notas
com empenho e sem desdém ali desenho novas rotas
no bloco de notas
com empenho e sem desdém ali desenho novas rotas

[verso 2]
o lado sombrio abraça me, mas eu tento que me deixe
só me apetece gritar até acabar com os decibéis
mas nada disso sai, e acumula no interior
onde mora toda a raiva, dureza, tristeza e dor
mas seja o que for que se aproxima
comédia ou tragédia, são wikipédia para a minha rima
não é só criação, é tal como um depósito
mesmo com ambição, eu escrevo sem nenhum propósito
só com vontade de fugir para outro espaço
talvez se ela deixasse, eu morasse naquele abraço
eu quero reforçar os laços que me prendem a ser humano
o resto são tudo máquinas com traços de seres humanos
eu não quero ficar na média ou pertencer à maioria
na medianidade da mera monotonia
perder a sanidade no meio da nostalgia
quero vista para o mar, inalar essa maresia
mas largar as correntes e âncoras neste cais
não ser só mais ou menos quando posso ser bem mais

[refrão]
tento combater o monstro que me impede de avançar
com um peso nos ombros que não consegues imaginar
a vida já me mostrou ambos os lados da moeda
não importa se estou alto, mais alta vai ser a queda
só espero que aqui estejas p’ra me levantar deste poço
para que eu viva aquilo que sonho desde moço



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