dark mc - julgue-me lyrics
[intro]
contenção 33
rapaz
[verso 1]
julgue-me, critique-me, aponte-me, foda-se
ao descobrir que, ser dark mc não é tão fácil -ssim
vi no hospício onde cresci rio sena foi onde aprendi
a ser homem antes de usar a língua, pica, narina, microfone
ou se nomear mc, enfim
quando esses péla vão aprender que a lei é ter olho
e não ver, ouvido e não ouvir, boca e não falar, shiii…
caso o contrário se aperta seus próprios p-ssos para o fim
porque a lei do crime é rude, doutrina não perdoar, rrááá…
têm que ter pra trocar salvador, terra de horror, bagdá, pow
onde a palavra amor é usada pra enfeitar
o discurso de quem não sabe amar
jhow, quando estava de horror e não conto cão
empunhou um canhão, na gestão se infiltrou
enquadrou doutor e tocou o terror
a fim de descontar frustração que p-ssou
quantos não estão mais na selva onde estou
uns a cadeia trancou outros a morte levou
sonhando com os carro, relógio caro
e puta de olhos claro que a mídia mostrou
um boy me perguntou
se tu almeja a paz por que só narra dor, pow
como narrar flor se o sistema opressor faz questão
de expor sua ira contra minha cor
quero ganja, beira-mar com minha preta
que dinheiro não seja problema
mas que deus me livre da algema e das tretas
pra que eu não precise tirar… minha pt da gaveta
[refrão]
amor e prosperidade pra nós, contenção é a seita
pra quem se pôs contra nós como algoz, plác, plác!
ki-ki-ki, minha caceta
[pós-refrão]
brasil, terra do caos, onde policial
prende por porte ilegal e fornece o crime com a venda de parafal
quero melhor pra minhas crias e dignidade no meu funeral
mas antes vou ter que mostrar pra esses péla
que ser homem é mais do que nascer com pau
[ponte 2x]
o mundo é mau
e as crianças que tão no sinal
são filhos do solo gentil dessa pátria brasil
que fez a exclusão do estado de forma desigual
quais suas ações sociais se ‘cês’ faz de um menor marginal
só vejo resgate no país usando
como instrumento de paz o rap nacional
[verso 2]
sou ser humano, profano, e como tantos outros
errar eu também erro
avisa pros santos que a voz dos que aponta e delata
se cala com o berro dos ferro, leis do poder paralelo e selva de concreto
minha ira incita vingança mas almeja paz
mesmo sendo interno desse inferno
lemos brito é complexo
onde se opta entre véus, anexo
o peito do preso é um deserto, que desertou o amor
após o ataque da peto
os insetos, com os ferro, põem terror, eles brotou e atirou
e em quem pegou?! pow
numa criança que vinha do colégio
os prego insiste em dividir nosso elo
com a força do seu ego, cego!
esqueci que ao sair do ventre materno
começa a jornada rumo ao cemitério
a grana gira em torno da ganância
que sempre resulta no berro dos ferro
a morte habita onde mora a vingança
pondo nos caixão quem se achou mais esperto
prazer na hora do s-xo sem proteção, desejo em excesso
dois meses depois o mendigo acha o feto
lançado no lixo como objeto
e eu nem fico mais perplexo
sistema nos deu -rs-nal
dividiu facção a fim de ver os irmão se matar
seu habitat natural que são os bairros periféricos
os próprios pretos tão contribuindo com esse sistema fingido
apontando a peça pro espelho, achando que o preto, que mora em outro gueto, é o seu inimigo
nossa raça se diminuindo e o governo aplaudindo
60 mil negro morto a tiro por ano a pm rege o genocídio
venerando o racismo, incrível, né?
foi esse descaso, desde o princípio ou você esqueceu
que foi o governo, soldado
que crucificou o nosso mestre jesus cristo
[refrão x2]
amor e prosperidade pra nós, contenção é a seita
pra quem se pôs contra nós como algoz, plác, plác!
ki-ki-ki, minha caceta
[ponte 2x]
o mundo é mau
e as crianças que tão no sinal
são filhos do solo gentil dessa pátria brasil
que fez a exclusão do estado de forma desigual
quais suas ações sociais se ‘cês’ faz de um menor marginal
só vejo resgate no país usando
como instrumento de paz o rap nacional
[refrão x2]
amor e prosperidade pra nós, contenção é a seita
pra quem se pôs contra nós como algoz, plác, plác!
ki-ki-ki, minha caceta
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