di'lupa - sem ritmo de festa parte 2 lyrics
[intro: felipe góis]
sem ritmo oh oh oh! sem ritmo de festa
aaa aa aa aaa!
sem ritmo oh oh oh! sem ritmo de festa
aaa aa aa aaa!
[verso 1: ferap]
nem tudo é festa
a patricinha tá chapada e o favelado quebra o ovo cai de testa
não adianta reclamar que o mundo não presta
pra mudá-lo comece pela sua casa e não vem dar palestra
a favela e o rap mudou mas não tanto quanto ‘cê pensa
respeito pra chegar, nunca sem pedir licença
tretas e desavenças nenhum momento ‘tamo isento
‘cê quer que resolva ou só comova o seu argumento?
é o sorriso falso e a sensação do brinde com a taça
vamos comemorar porra nenhuma vai muita cachaça!
valorizo mais a compania que a fumaça
ou seja os mesmo parças comigo na mesma praça
não me venha com resenhas e palhaçadas
meu rap na tv? legal! mas prefiro ele nas quebradas
que é de onde os verdadeiro monstro vem tá ligado?
e antes de ser mc eu já era conceituado
[verso 2: luca]
e eles querem festa à toa sem motivo, ocasião
nessas os paquito se abre rebolando até o chão
racista, chapa o globo, sai queimando mendigo
depois do linchamento diz que não é compreendido
e na rua os bravo impera b.o. só por agressão
mas pega o pó na favela em choque com o cu na mão
“dá licença tá servindo é que eu não sou do gueto!”
há! fala agora que você odeia preto
é filho de nordestino dizendo que é n-z-sta
filho cretino atropela mais um na pista
filho de boy “cansado” tirando férias na frança
e um filha da puta armado mata mais uma criança
terra planeta guerra erra quem não faturar
o diabo já fugiu pra não se contaminar
‘cê viu? pintaram a escada de vermelho pra gente
perá lá! veja bem! é só mais sangue inocente
desapropriação de terra, guerra iminente
que o sistema fode tudo e o problema é da gente
e eles? tranquilo! faz festa por besteira
você perde um irmão chora e eles secam sua carteira
brasil o país de quem na queda é duro
se lúcifer fosse em cana pedia em choque o seguro
e os gringos todo -ssanhado querendo as de quatorze
vai ver que não é festa mesmo… quando lamber cano de doze
[verso 3: pauê]
nem tudo é festa pro patrão do bolo de “3 andar”
já o pobre se contenta com bolinho de fubá
silvio santos mostra a situação nacional
as tiazinha se empurrando por “cinquenta real”
mas tudo é festa, dinheiro, brasil puteiro
nos bordeis da terra nosso país tá no roteiro
impostos que pago o mês inteiro
financia happy hour de político no estrangeiro
nessa festa o boyzinho vira mágico
o dinheiro do papai some e vai parar no tráfico
o outro vacilão vai pro rolê todo eufórico
nem chega meia-noite ele já entrou em coma alcoólico
acontece na direta as doenças venéreas
desde as mais barbudas as do creminho aloe vera
não vai pra grupo… não abraça as idéia
vou dizer pro’cê irmão nem tudo é festa
tem quem abre um sorriso e pelas costas fala mal
vive se fantasiando achando que isso é um carnaval
di’lupa expandindo suas visões
chega de encher bexiga vamos estourar os balões
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