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doist – a fúria lyrics

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[verso 1]
quem nasceu corleone não vai ser mordomo
nascido na selva sem noites de sono
minha mãe faxineira, eu te vejo no trono
dominamos o mundo, onde só deus é dono
é, pelas ruas sombrias daqui
pelas noites vazias daqui
pela viela vazia
favela tranquila
escola é ficar ou sumir
foi brinquedo pras crianças
e de roda em roda tendo em prova que cultura aqui ela é foda
tendo a prova que a polícia aqui ela rouba
tendo a prova que a ganância aqui ela sobra
tendo a prova que o governo é que ele forja
tendo prova que você pode vir a provar
mas tem dia que o perrengue aqui te mostra
ganhe o mundo ou o resto do que tem lá fora
salve dk, despertaram o dragão
fúria da favela pra quem subestimou
a cobranças nas linhas, cuzão, se tentar é tombo
vem viver uma noite de terror
salve 2k, monstrão
os perrengue nós p-ssamo e que nós vivemo
é cadeia ou morte
era fé, não sorte
foca onde esse menino chegou
tô disciplina pra carai pra subchegar
onde a favela sempre deveria estar
onde o pobre sempre sonha em chegar
porra, comunidade vai gritar
nós é forte, quebra quem atravessar
meus irmão tão numa cela sem lugar
tão ligando e avisando que vão voltar
que cadeira nunca vai recuperar

[ponte]
sem corte, sem pausa, sem vida
entregue nas drogas, no fim de carreira
chega carga nova
os irmão que saíram do crime, até imploram pra volta
no pinote, sem alma, no final da vida
de volta nas drogas, abandonar a escola
prefiram a sobra

[verso 2]
sempre soube que da vida não se leva nada
sempre soube que só vale quem se dá o respeito
bolsonaro diz que vale só quem não é preto
e o pior é que ele tem o voto desses memo
e o pior é que os escravos são legalizados
e o pior é que os escravos tão ficando burro
-ssinaram sua carteira e pagam um salário
tô me mordendo pra chegar e matar eles tudo
eu vou fuder com esse jogo e fazer ao contrário
e que se foda se no fim ainda tiver no surto
eu vou mandar tudo ir lá pra casa do caralho
me deixa quieto escrevendo o que -ssino impuro
vão me jogar na cela me chamando de otário
sem comida e sem água, preso no escuro
rezo a deus pra nunca acontecer pelo contrário
porque se não sua família amanhece de luto

um salve aos mano
quem fecha, fecha
quem soma, soma
quem tenta, tomba
vários mano me deve mas já tão ligado
que na cobrança nós já chega tipo homem bomba
a vida é breve, tá limpo, segue, mancou, não serve, fica o legado
vai morrer que aqui o fundamento é certo
o corpo fica smente pra nós deixar o recado
eles tentaram me pegar mas nunca conseguiram
mas eu voltei pra cobrar e eles logo sumiram
na caminhada vários inimigos já surgiram
perdi a conta dessas vezes que eles já mentiram
deixei o ódio nessas linhas mas não compartilho
pra mim não ver mais um menor com o dedo no gatilho
tentou com nós, tanto fez, tanto faz
pesadão sempre
muito luxo e muita paz, fui



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