edy-p - resiliência lyrics
[bridge]
viva preparado para as quedas que a vida dá
melhora agora o teu amanhã
seja como um bebé a aprender a andar
apanha quedas, mas há de ser levantar
perdoa, seja coerente
levanta e anda, seja resiliente
não há perfeição em nenhum homem sequer
melhora a cada dia pois querer é poder
[estrofe i]
acordei e reparei que ainda respiro
que ainda estou vivo não dei o último suspiro
mas pensei que sim, pois não sentia nada
nem alegria nem tristeza, mente carbonizada
fugi da realidade para o meu mundo enigmático
por culpa das quedas, e do stress pós traumático
humilhado, pisado, julgado, sem motivo, mas sem dó
severamente condenado, mas ainda cá estou
indiferente com o mundo segui meu caminho
impaciente com tudo caminhei sozinho
conheci muita gente, mas fiz poucos amigos
são mais tiranos dos que os ditos inimigos
mas continuo a lutar
com os ouvidos tapados só ele pode me julgar
para os que me fizeram mal, mal não se sintam ao partirem
eu já vos perdoei, mesmo sem perdão pedirem
[dizeres]
com o tempo eu aprendi que ao perdoar-mos, acabamos de certo modo por ser superior a quem nos faz mal
ao contrário, mostramos ser iguais, ou piores as mesmas pessoas
o rancor nos envenena por dentro, e devora a nossa alegria
e acredito que o caminho para a felicidade começa pelo perdão
[estrofe ii]
oito meses deitado, recuperado por sorte
nunca me abandonaste, sempre estiveste comigo
ligaste-me horas antes da tua morte
desculpa meu irmão, por não te ter atendido
não me contive, veio a recaída
quão frágil e imprevisível é vida
lamento, por contigo não ter estado
descansa em paz meu eterno soldado
maltrataste um amor, que sempre foi teu
agora choras imploras até mesmo por migalhas
espero que ouças o “melodia do adeus”
e nele reflictas o tamanho das tuas falhas
falhas, que abriram ravinas no meu peito
falhas, por opção e não por defeito
sinta-te perdoada, querida
mas isso não implica manter-me em minha vida
[dizeres]
a morte está para a vida, como uma moldura está para um quadro, significa o fim de alguma coisa
com tanta morte alo nosso redor, já devíamos nos habituar a ela, mas parece impossível
por vezes saber desistir, acaba por ser uma virtude
mas vale alguns meses de dor, do que uma vida inteira de infelicidade
[estrofe iii]
encontrei a psicose nos labirintos da vida
as causas não importam mas enorme é a lista
um vazio em mim, por anos carreguei
nem as drogas mais pesadas deram o alívio que precisei
mas me levantei de todas quedas
e me recuperei de algumas perdas
se a minha realidade fosse tão bela
eu não p-ssava o tempo todo a tentar fugir dela
conheci os meus pais com peito dilacerado
duramente meu irmão -ss-ssino
eu vi nos olhos deles aquelas lembranças
ele era indefeso não p-ssava de uma criança
deus ignorante, de ti, é o que eu acho
rezei olhando para cima, a espera que olh-sses para baixo
mas a tua surdez, me fez perceber
que o silêncio fala mais alto do que se pode crer
[dizeres]
as cicatrizes nos mostram onde é que nós já estivemos
mas não decidem por nós, para onde é que nós vamos
a vida nos mostra quantas quedas nós já tivemos
mas cabe a nós decidir, se continuamos no chão, ou se nos levantamos
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