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elo da corrente - tapas lyrics

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[verso 1: pitzan]
meus p-ssos são tortos mas minha vida é reta
o caos é só lá fora, aqui dentro tudo se acerta
num devagar depressa como tudo que é real
como o vento que desenha em meu rosto o seu sinal
vital aos meus ouvidos é o canto dos vencidos
o dolo das vozes roucas que reanima os meus sentidos
paz aos que a buscam, vergonha aos que se entregam
por trás do medo há força, só os atentos a enxergam
me nego a viver simplesmente por viver
meu tempo aqui é curto eu tenho muito o que fazer
muito o que aprender, muito o que ousar
deixar o coração dizer qual é o rumo a se tomar
mas ele nem sempre acerta as vezes a gente apanha
eu sempre soube disso, num é toda vez que se ganha
mas eu -ssumo os riscos, deixa que com eles me entendo
eu vim pra buscar a luz faça o escuro que estiver fazendo

[verso 2: caio]
asfalto quente, mundo saliente abaixo dos meus pés
a sorte ao inverso vou jogando o meu revés
mantendo a real não só pra ser contraditório
pois desde o começo isso se faz obrigatório
espaço que eu habito na mesma atmosfera
aqui irmãos trabalham, a revolução se prolifera
o tempo aqui impera, lapida seus anseios
eu ando na sincera, o fim justificando os meios
retorno a transição de letras na sua frente
na semântica estática mas nunca lentamente
a forma condizente que eu encontro pra fazer
o que eu entendo como vida realmente acontecer
utópica alegria sem acordes sutis
ainda mais com a tristeza nos olhares infantis
poemas não latentes permanecem sem noção
refletir por refletir é não chegar a conclusão



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