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ethos (prt) - catacumbas lyrics

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[verso 1]
ethos, a trazer barras às postas
eles querem me algemar, eu até escrevo com o braço às costas
não me interessa se não gostas, são minhas estas obras
as tuas perdem o valor desde o momento que te encostas
amostras, de mim, eu deposito aqui
fechado há tanto tempo já pensam que sucumbi, não
só tenho estado onde eu sempre pertenci então
sei o que valho não preciso da certidão
pé no chão até cair na minha fossa
até lá é aprеndizagem sempre quе bata com ele na poça
acredita que faz mossa e por vezes é ilusória
mas nunca te esqueças que dos preguiçosos não reza a história
onde é que eu ando? tu perguntas
caluda, eu tou no fundo das catacumbas
é só cá que faço as minhas purgas
farto de falsas curas para mascarar fissuras
por isso eu caminho envolto em sangue por estradas bicudas
só vejo sanguessugas à minha volta
mas quando o caldo entorna
são os primeiros a dar me o nó na corda
há muita alma porca que quer minar me a horta
agora mantenho segredo só eu faço a minha poda

[scratch: saraiva]
[verso 2]
a caminhada é longa por isso eu sigo a trote
sem pressa, não perco o fôlego, no fim hão de dizer que é sorte
se não tens massa a bordo não interessa o passaporte
porque é que achas que explodiu?
o foco tá onde tá o lingote
mas eu vim para sujar a camisola e a cada bater da tarola
eu sou real em tudo aquilo que faça
até ao fim da estadia eu dou à sola
não me veem na gaiola a assobiar a ver se o tempo passa
e mesmo o muito é pouco, dizem que o puto é louco
sim eu vivo num sufoco aqui cada minuto é foco
ostento não ser oco, sigo roto contra o vento
vê me roco porque enfrento tudo aquilo
que me vai para o goto
se der para o torto?
isto é a fuga ao mesmo fez me alargar o campo de visão
mudar a lente
passar tudo a pente fino, isto é genuíno
tantas horas já nem quino para deixar o trigo limpo
aquilo que enfrento pinto sem pensar em aceitação
e sempre que me ausento sinto a minha seita é mutação
sai me do coração hoje eu procuro a cura
são dias só no escuro não me iludo com decoração
vivo para a exportação e não me admiro que não me entendas
afinal de tudo eu abomino o que tu representas
“vedetas” mandam petas a vender falsas vendetas
nas gavetas vês chupetas, poucas letras só vinhetas
o que aqui vês é nu e crú não há cá al capones
com armas falsas no baú, rappers de comic con’s
e se tu vens armado em gnu não metas cá os cornos
no fim de tudo só falo para um porque só vejo clones



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