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fal - delírio de grandeza lyrics

trancado no quarto eu vejo que me tornei escravo do ócio
e nesse meio luto, puto, perco, p-sso, próximo…
aqui eu mostro minha fúria, minha adaga
rápido como um raio que risca o céu destrói e apaga…
meu armamento bélico, a fal ta carregada, função aliteraria
(função aliteraria)
mesmo parado o sangue corre, o sangue ferve…
eu to no mic não pelas mina, trago, pano ou flash…
ouço p-ssos, confundo pensamentos, confuso espaço
calculo de área sempre base vezes lado
lá se vai o trem das solidões, e se rap não é poesia me apresento: gian lucas camões
não consigo dormir, não consigo comer, não sei se vivo essa mentira ou se finjo viver
estado é de paranoia excessiva, complexos da vida
lisergia na batida
pelas certeza inventadas que hoje eu creio, pelas decepções faladas eu bato no peito
patrocínio da minha sombra, não tem enfeite
muita coisa repetida rima fake
seja na pura gramática portuguesa, a fal liricamente m-n-seada com destreza
virei escravo das palavras e hoje cedo eu acordei longe da vida, da casa grande e do engenho…
como heresias dominicais, seja como for eu me mantenho sempre grato aos orixás, axé aos ancestrais, fé aos meus rivais
pois eles sabem que o ódio sempre os deixa um p-sso atrás…
saia do transe, auto-hipnose, glicose, frutose, o corpo infectado com a virose rap… (rap)
essa viajem plena, reflete no poema, quebrando estilos e sistemas, métricas e dilemas sem problemas
descarto, p-sso, logo ouço, a consciência, fazendo planos, por de baixo dos panos, me esquivando de prédios urbanos, as profecias como nostradamus, leve de experiência
logo a ciência arranca cerca, quebrando tronos e castelos da mais alta realeza, pobreza, riqueza, segue a certeza, de um mundo de incerteza
onde a justiça enfeita, a ética aceita, e a moral… há muito tempo já se via sua síndrome social…

- fal lyrics

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