georgius music - lamento lyrics
“quero que todos os dias do ano, todos os dias da vida
de meia em meia hora, de 5 em 5 minutos
me digas: eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo”
hey, aproveita o tempo, presta atenção
agora não sou eu que falo mas sim o meu coração
ele tem ponderado te falar, com medo da tua reação
eu posso ser racional mas é ele que lida com a emoção
podes não o sentir, mas quando estamos juntos ele ‘tá presente
sei disso porque contigo ele pulsa vivamente
até se nota na postura, respiração e olhar
o brilho dos olhos é o dele disposto a te amar
lamento
a instabilidade que já não consegues acalmar
talvez a culpa seja minha de já não me deixar levar
falas diferente e perguntas se acho que mudei
queres que te diga os porquês mas nem eu os sei
tens noção da nossa química quando estamos lado a lado
tens noção que não sabemos lidar bem c’o p-ssado
concluímos que o amor é efémero, e então?
nada valeu visto que voltámos de novo à mesma situação
sinto-me o gato de shrodinger com a navalha de occam na mão
à espera que abras a caixa e vás direta à questão
deixaste-me com a incógnita ao p-ssarmos de equação a inequação
idealizaste ainda mais a nossa perfeição
eu preciso de respirar fundo e amor é oxigénio
fizeste tempestade num copo d’água ao juntar hidrogénio
trocaste a nossa luz por filamento de tungsténio
fugiste com a lâmpada e abandonaste o génio
“ouvindo-te dizer: eu te amo
creio, no momento, que sou amado
no momento anterior e no seguinte
como sabê-lo?
quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas
do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: eu te amo
desmentes apagas teu amor por mim
exijo de ti: eu te amo, eu te amo, eu te amo”
lamento
a intelectualização de cada situação
já não sou capaz de sentir com o coração
eu faço a questão da divisão, coloco um traço de fração
e denomino a dor com toda a exatidão
viajamos um em cada onda à velocidade da luz
dessincronização é no que a gente se traduz
o pico de corrente deu em curto-circuito
e o teu amor prende-me com corrente num circuito curto
sinto-me o gato de shrodinger com a navalha de occam na mão
à espera que abras a caixa e vás direta à questão
deixaste-me com a incógnita ao p-ssarmos de equação a inequação
idealizaste ainda mais a nossa perfeição
eu preciso de respirar fundo e amor é oxigénio
fizeste tempestade num copo d’água ao juntar hidrogénio
trocaste a nossa luz por filamento de tungsténio
fugiste com a lâmpada e abandonaste o génio
“no momento em que não me dizes:
eu te amo
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me
que nunca me amastes antes
exijo de ti: eu te amo, eu te amo, eu te amo”
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