gonçalo o guiné - apoc lyrics
[verso 1]
estou a escrever só por escrever, fazer um check à sanidade
talvez volte à sociedade estilo robinson crusoé
não vejo a hora da liberdade, de respirar ar de verdade
e por falar em verdade, tanta procura e ninguém a vê
não me digas que acreditas
e que não achas estranho os números?!
não quero ser intriguista
mas estão a papar+nos por energúmenos
as contas são tão complicadas, é só gráficos e resumos
que eu presumo que ninguém sabe o que fazer e é tudo burro
alguém lucra com a saúde e aplaude
já há uma cura
e se não cura e é fraude? e quem é que não quer ser salvo?
há uma vozinha que me sussurra ao mental
põe esta máscara e sê bem+vindo, este é o novo normal
[refrão]
eu sei que querias um apocalipse com zombies e tal
mas deixa+me que te diga
nada é tão surreal
como foderem+te completamente as expectativas
eu sei que querias um apocalipse um pouco mais esp+cial
mas deixa+me que te diga
qualquer et dava os três olhos p’a saber como é que isto termina
[verso 2]
p’ró estado está tudo mal, está tudo bem, está tudo a postos
que se fodam velhos e novos, é pessoal que não paga impostos
tanta graça mete a freitas de malas feitas quase que aposto
pr+nta a apanhar boleia dum costa, quando der de frosques
e eu aqui, desempregado, sei lá se infectado, em casa dos pais
a apreciar o telejornal como um natal dos hospitais
como sempre não mete piada
mas entretém o comum dos mortais
com medidas disparatadas e tantas abébias colossais
a desconfiança toma posse e solta o bófia do covid
confinados em pequenas bolhas, agora é cada um por si
um big brother megalómano que faz inveja à tvi
man, não gozes
que sempre que tosses tens dois olhos a olhar p’ra ti
e queria crer que não, que são só teorias da conspiração
porque não papo os 5gs nem teóricos da negação
não, eu não quero a segurança, eu só tenho uma questão
eu só quero a verdade, não esta falsa noção
[refrão]
eu sei que querias um apocalipse com zombies e tal
mas deixa+me que te diga
nada é tão surreal
como foderem+te completamente as expectativas
eu sei que querias um apocalipse um pouco mais esp+cial
mas deixa+me que te diga
qualquer et dava os três olhos p’a saber como é que isto termina
[verso 3]
é bom que a malta se prepare, a máscara veio p’ra ficar
eu cá não gosto de usar, mas uso – quem sou eu p’atrapalhar?
‘tás+te a cagar, maluco? ah, maluco, anda, faz+te ao mar
e nega que isto existe só porque gostas de passear
é à pala destes tristes que eu me mantenho isolado
e virei anti+social porque eles estão em todo o lado
são meio humano, meio bestas, chama+lhe o homem+quadrado
dão+me ataques de ansiedade sempre que vou ao supermercado
esta é a desculpa perfeita, vamos ver quem não aceita
perder direitos e liberdades em troca de uma receita
sobreviver sem ordenado porque a economia está desfeita
não há um pingo de justiça quando a oligarquia espreita
cuidado onde pões as patas, pode estar contaminado
cuidado onde pões o cérebro, pode estar a ser lavado
cuidado onde pões o voto, pode estar a manipulado
se eu fosse a ti, tinha cuidado
é melhor ser desconfiado
[refrão]
eu sei que querias um apocalipse com zombies e tal
mas deixa+me que te diga
nada é tão surreal
como foderem+te completamente as expectativas
eu sei que querias um apocalipse um pouco mais esp+cial
mas deixa+me que te diga
qualquer et dava os três olhos p’a saber como é que isto termina
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