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gonçalo o guiné - arquivos de um confinamento lyrics

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[refrão]
hoje eu não vou sair de casa, vou ficar por aqui
a ver arder o mundo enquanto rimo p’ra ti
há quanto tempo não me vias? não tenho contado os dias
a vida prega partidas desde há um ano, p’raí

[verso 1]
eu sumi, resumi+me a uma rotina de eremita
trancado na minha escrita. não faço questão de sair
lá fora tudo acredita que é hora, volta à corrida
à azáfama da vida decidida a prosseguir
se houver merda és a seguir, se houver merda estou seguro
tenho saudades de me divertir, mas tenho medo de um descuido
quanta gеnte sem consciência: façam barulho!
a sedе do consumismo vai consumir isto tudo
e o pior está p’ra vir; ouvi dizer pelas notícias
que muito do que acreditas é feito para te iludir
é preciso rir e saber ler nas entrelinhas
tanta propaganda nem te passa pela pinha
novo normal: vejo padrões. será que vês?
a maior vítima deste vírus é a nossa lucidez
a insensatez de um pode ser o azar de três
e o teste do covid é o novo teste de gravidez

[refrão]
hoje eu não vou sair de casa, vou ficar por aqui
a ver arder o mundo enquanto rimo p’ra ti
há quanto tempo não me vias? não tenho contado os dias
a vida prega partidas desde há um ano, p’raí
[verso 2]
cada vez mais a realidade assusta
é tão injusta a forma como viemos aqui parar
estivemos isolados, confinados e à custa de sermos parvos
quase nos tornámos escravos dentro do nosso próprio lar
alguém está te a controlar pelas redes sociais
o que gostas, onde vais, anda fala e mostra mais
sente a raiva acumulada entre feeds e murais
todos diferentes todos iguais, até chocarem os ideais
gera a intolerância, fruto da ignorância
cresce o extremismo dos dois lados da balança
violência não é justiça, é só uma forma de vingança
por isso cuidado com o populismo quando ouvires gritar mudança
mantém a distância, mantém a distância
a minha sanidade vale mais que a tua ânsia
mantém a distância, mantém a distância
desinfecta a humanidade para tua segurança

[refrão]
hoje eu não vou sair de casa, vou ficar por aqui
a ver arder o mundo enquanto rimo p’ra ti
há quanto tempo não me vias? não tenho contado os dias
a vida prega partidas desde há um ano, p’raí



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