haigha - inferno lyrics
[intro: “cantiga dos ais” de armindo mendes de carvalho.]
“os ais de todos os dias
os ais de todas as noites
ais do fado (…)
ai pobre dele, coitado
que tão cedo se finou! (…)
ais d’amor (…)”
[verso]
nunca pedi na rua por não querer nada
sobrevivo a pão e água (ou pedra e vinho)
fiquei frito, farto de fardar
um fado amaldiçoado
a cigana não tem cura que me salve
nem com santos, nem com saldo
nem com canto, nem com palcos
nem com carros, nem com papos
sinto o sorriso rasgar+se
sem prová+lo, sempre falso, sempre fácil
passeio pelo calendário e
planeio a minha lápide, tipo:
a vida pesa até que aprendas que
o prego no caixão é a única certeza
tenta manter o karma ileso
a terra anda às voltas e mais voltas
e o revira da revolta tem a sua beleza
sempre morei no inferno
é mais frio do que imaginei
atordoado e incerto
nasci para ser ninguém
sempre morei no inferno
é mais frio do que imaginei
atordoado e incerto
no topo do universo
enquanto o diabo me zoa
medito no pico, estou zen
roubo a essência à existência
transcendo a camada ténue
torno+me noutra pessoa
desleixo o contexto
e encaixo neste eixo o desfecho da vida
penejo um texto que
torna o incerto certo para o sancho
e fecho o portão
(para partir para a próxima forma)
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