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haikaiss - infame (ii) lyrics

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[verso 1: dj qualy]
esse é o preço de quem compõe
quem dispõe a se acorrentar aos limites que próprio impõe
não sobra tempo pra quem supõe
sou um navegante, um personagem de camões
amor: um mal que mata e não se vê
mas sou tão vazio que se eu morrer, tio, vai ser de frio
nem tudo é o que parece ser
há de crer que eu vou precisar de mais isqueiro no pavio
versos pra libertar em meio ao conflito
já que o sangue não me deixa comovido
e já que a luta é a favor da minha bandeira
sou um soldado que consagra mais um rap de trincheira
já que hoje o sol vai tá nascendo tarde
já que meus heróis morreram em combate
já que a luta é a favor da minha bandeira
sou um soldado que consagra mais um rap de trincheira

[sax: andré salazar]

[verso 2: shawlin]
meu mano, eu ouvi o chamado
só que o meu dom é infame
se junta com os aliados que nóis somado é enxame
diferentes, o que temos em comum é unânime
pros manos que escolheram ser um mc ou um dane-se
planos de trazer mais progresso pros meu semelhantes
justiça pros guerreiros, futuro e pastos mais verdejantes
eu acho interessante, note no meu semblante
brindo aos meus irmãos junto ao qualy e sandrão
é, o rap é um mundo, tô junto pela coalizão
falar do que?
porquê não está junto se até os “paqui-estão”?
tenho síndrome de sobrevivente da trincheira
bem no front da libertação da mente
uns ficaram pelas beiras até onti muita gente
faço o meu, não te perturbo, aja reciprocamente
nós é ouro, é que esse mundo nos trata tão porcamente
se levante, nesse mundo até a derrota mente

[sax: andré salazar]

[verso 3: sandrão rzo]
brigando com os algarismos, por onde vamos
vai desenhando na tela digital que amamos
nada te impede, o que? que as coisas prossigam
nova era de ostentar p-ssa imperceptível
no quartel militar é o choque da taser

“céu azul, noite a dentro da madruga é a blazer.”

política é ilusão, governo é conspiração
o povo de preto, manifestação
o rap é a bola na gaveta, é a caixa, é o boom
é o teste, é o cl1ck, é o baque
sem piripaque, é… microfone check

“tá certo. vou por os meninos pra trabalhar aqui então
fechou, chefe?”

a rua é sua formação, malditos beijam o chão
e nunca, nunca mais vão saber o que acontece
e nada nos dominou, os loucos gritam “ho”
e tudo será como sonhou

[sax: andré salazar]

[scratches: dj qualy & dj sleep]



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