jay (pt) - a cura lyrics
[verso]
mais um ser neste mundo, com perguntas para fazer
tento reter informação, mas o coração acelera
comboio não espera, meta está longe
onde eu erro espero ser melhor que hoje
para que no futuro ilumine no escuro
quem ama a cultura, porque eu tenho a cura
não quero a fortuna, só viver estável
dinheiro é cascavel e é variável
inconstante e vê#lo? é conto de fadas
quando a madrugada é tão miserável
que acolhe seres sem casa, “junkies” em brasa
na fase da ressaca e mães desesperadas
mais contas, sem paca de pais que dão pouco ou nada
acaba o filme! o choro que abala o globo
já deixou de ser conversa. agora é modas e festa
e só nos resta música que não presta
atenção!
tenho um canhão apontado e pr#nto para ser aceso
a ver se consigo ou não
pegar no pensamento, virá#lo do avesso
já não sei se peço a deus que olhe por nós
às vezes duvido, mas não acredito que nos deixe sós
no meio de atrocidades, mentes doentias, guerras frias
mas tudo fica esquecido no nosso dia#a#dia
então eu rimo e rio#me, porque a vida é mais
que apenas um ser, apenas um lar
parei para pensar. e afinal, de que me posso queixar?
nada. tecto, comida e as contas estão pagas
a mãe é um anjo sem asas
todo o mc sonha em carros e casas
eu quero um terreno para plantar batatas com os meus
putos e seus filhos, gerações de branco e pretos unidos
querem chamar#lhe utopia?
pego em todas as cores, faço magia
vi a realidade e cuspo via rima
dores na espinha é má postura
mas qualquer um dos meus tropas me segura
eu tenho a cura
[refrão]
abraço esta etapa com afinco
a cura está por trás da porta, não espreito só pelo trinco
o mundo cobre com poeira a percepção do indivíduo
e não há cura para a cegueira se decidir ser passivo
abraço esta etapa com afinco
a cura está por trás da porta, então rebenta com o trinco
o mundo cobre com poeira a percepção do indivíduo
então afasta o nevoeiro e decide ser activo
[verso]
a cura passa por acordar desta dormência constante
nunca perder inteligência, fugir da demência
e tornares#te um ser mais relevante
estendendo a mão ao próximo. e doravante
aprende com tudo aquilo que é marcante
não deixes que ninguém te mude
não dês para mudo. não te ouve o mundo?
então grita com alma, vindo lá do fundo
sou furibundo nas rimas
se não fundamentas as tuas, nem quero ouvi#las
fomento a revolta do ser porque há dias
em que sei que muita gente quer morrer
é o “ver se te avias” das almas perdidas
rumando em azáfama até ao abismo
com mentes adormecidas. eu quero que acordes
grites, provoques um sismo
não vou deixar que me apanhem nessa teia espessa
comandado por marmanjos sem cabeça!
vou fazendo os meus arranjos e com letras
espero atingir certas metas
se não curtes, não te metas. vou tornar frases eternas
‘pra garantir que fiz o meu papel
não só monetário, mas também aquele
de elevar o teu ser para um outro nível
não sou visionário, só nivelo o piso
no fim cada ser percorre o seu caminho
na chuva, no griso, com a sua crença, juízo, mas friso:
respeita quem vier para ser um amigo
o resto desliga como um dispositivo
deves ser vivo, como indivíduo
divide entre fazer o errado e o devido
duvido de quem é perfeito num mundo que é feio e o bonito
ao mesmo tempo. à mesma hora
existe quem abraça e quem só manda fora
o que aprende pelo valor da nota
mas bate à tua porta com um “eu preciso”
estende a tua mão. é essa a dica
se a tua bondade assim o justifica
o bem que tu praticas faz#te quem tu és
e quem o desperdiça vale dez menos dez
zero! não espero em troca se dou
espero respeito se o faço para com um sujeito
conceito que aceito na amizade pura
segue o meu conselho e toma esta cura
[refrão]
abraço esta etapa com afinco
a cura está por trás da porta, não espreito só pelo trinco
o mundo cobre com poeira a percepção do indivíduo
e não há cura para a cegueira se decidir ser passivo
abraço esta etapa com afinco
a cura está por trás da porta, então rebenta com o trinco
o mundo cobre com poeira a percepção do indivíduo
então afasta o nevoeiro e decide ser activo
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