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joão pestana - livre lyrics

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[intro]
3 da manhã no alentejo profundo
césar gira me uma que eu sou livre
5 da manhã, no cais do sodré profundo
chico enche o copo que eu sou livre

[refrão]
livre, livre, livre, mano enche o copo tu és livre
vivo livre, livre, livre
mano enche me o copo eu sou livre
vivo livre, livre ,livre
mano queima a casa tu és livre
seja como for sempre um gajo vive
mesmo morto no ativo, no além desaparecido
a alma existe e corre livre

[verso]
arranco na viagem já de pernas cortadas
meto me a fazer o pino e faço das mãos patas
sou solto no dia em que não me misturarem com as gravatas
que vendem os membros inferiores
e mesmo assim andam de gatas
mesmo que te batas, não foges à questão
não olvides que partilhamos a prisão
eu tu e o resto da nação, fechados nesta casa dos horrores
a partilhar ar com usurpadores, morte aos traidores
bendito o dia que sai, abri a porta e vi o que a terra tinha para mim
nunca respirar soube tão be
nunca andar soube tão bem
nunca existir foi o meio e não o fim
mas podia andar assim
a rolar no escombro, do espectro da sombra
da noite sem matilha a queimar a sapatilha
é muito fogo na braguilha ou a cabeça que fervilha
ao tomar esta bastilha
finalmente derrubei a aparente, clausura da mente
e tudo surge de repente
sou livre, como a água que corre pelo corpo
livre como o peão fora do jogo
perdi mas siga
estou fora e ganhei noutra vida
existência repartida elogia a energia
que não será contida, e quando te perdes sem procurar saída
entregas+te ao desígnio do universo que te cria
e eu já sabia, soube te bem o espaço, a mim também
corro com leves vigas de aço mas em terras de outrém
no entanto nada pesa, a pegada léguas atravessa
comi mundo e meio sem encetar a travessa
fiz essa com as , promessas e pretas inscritas nas grilhetas
que saíram do corpo quando as mãos ficaram negras
antes eram problemas, agora vivo livre, de esquemas
[bridge]
3 da manhã no alentejo profundo
césar gira me uma que eu sou livre
5 da manhã, no cais do sodré profundo
chico enche o copo que eu sou livre
7 da manhã, o carregado é o mundo
uno faz o beat que eu sou livre
no dia de amanhã, acaba+se o assunto
porque posso quero porque sou

[refrão]
livre, livre, livre, mano enche o copo tu és livre
vivo livre, livre, livre
mano enche me o copo eu sou livre
vivo livre, livre, livre
mano queima a casa tu és livre
seja como for sempre um gajo vive
mesmo morto no ativo, no além desaparecido
a alma existe e corre livre



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