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joão tamura x beiro - tenebra lyrics

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[verso 1: joão tamura]
o universo é de asimov onde já nada nos comove
tenro vício que absorve + magra mão que pede o corte
sob um novo sol: supera o deus que nos engole
dedos são de um sujo solo + carregam pietà ao colo
morde o anzol + aquilo que emanas é só escória
é só pecado essa paixão pela fama, pela glória
se eu abro o chão, cravo os dentes pela história
vim para obrigar que um deus tenha o seu memento mori
pelo dinheiro? tu, caronte, tão primеiro
para fingir toda a diferença entrе o barqueiro e o banqueiro
brando, gladeio + cada verso sai certeiro
vim para incendiar os campos + tão inverso a alberto caeiro
sangue é fresco, sinto o cheiro. pinto um fresco com o mesmo
nunca deixo um copo a meio + pr+nto para cuspir veneno
hubris pelo reino, rego+o de álcool para o incêndio
um rei só escuta o teu paleio para ter saudades do silêncio

[refrão: ângela polícia]
o telhado vai abaixo e o chão, a seguir, também
o mundo arde num instante e tu, a dormir, também
o telhado vai abaixo e o chão, a seguir, também
o mundo arde num instante e tu, a dormir, também

[verso 2: joão tamura]
tu és doença e eu refém do nosso beijo
numa cabeça com mais portas do que as torres do aleixo
mesmo que todas tuas rosas fiquem podres, não me queixo
são belas, mesmo mortas, para quem vive sem direitos
a desenterrar galáxias do meu externo podre ou são
a vomitar cem mágoas a cada verso, som, canção
ou para espetar em estacas quem só espera pelo refrão
versos do que as guerras são, de um universo em combustão
há mares que batem sob a lua sobre a tua pele de sal
sou spell, duelo mental + a vida é para escrever o mal
enquanto chronos torna a vida visceral
nós: mantas de mil retalhos que ele vai cozendo sem dedal
se o telhado vai abaixo e o chão a seguir também
o corpo come o escuro cada vez que a noite vem
pr+nto para queimar o luxo e todo o ouro que a corte tem
se vires mara onde eu passei: espero que ele nos espere bem
[pré+refrão: ângela polícia]
quando a noite cai, os vampiros saem, não há forma de fugir
mortos+vivos trazem uma fome que arde e não para de rugir
anda atrás de sangue, esse corpo exangue
que se arrasta atrás de ti

[refrão: ângela polícia]
perdido, não sabes, que fogo trazes, extasiado a dormir
o telhado vai abaixo e o chão, a seguir, também
o mundo arde num instante e tu, a dormir, também
o telhado vai abaixo e o chão, a seguir, também
o mundo arde num instante e tu, a dormir, também



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