kara mc - bios lyrics
charles manson no meu verso
a mandar golpes no caderno
se o diabo veste prada
por que raio tenho eu o terno?
o cenário é dantesco
e não habito no inferno
mas vou lá buscar a chama
coleção outono+inverno
há f+gulhas no tear
p’esta seita mascarada
se a farpela for ao ar
vês o courato da manada
tenho muito p’aprender
mas ‘tá+me a cheirar a esturro
incendiário, pinha a arder
não queimo a minha com burros
o ditado temporal
não é ‘pa seguir à risca
já contei tanta derrota
mas vi sempre uma conquista
quando a vida era abstracta
descobri o quanto vale
fui erguido em tom de prata
logo após o vendaval
eu só quero caber no vento
costurar conhecimento
forjar agulhas com fogo
usá+las como amuleto
lavrar tanto nesta terra
sempre a dar voltas ao sol
estender beats cheios de letras
são bordados num lençol
do céu à terra
entre o saber e o sentir há muita guerra
e quem nunca há de evoluir é quem se cerra
é quem se serra
é quem se cerra
do céu à terra
entre o saber e o sentir há muita guerra
e quem nunca há de evoluir é quem se cerra
é quem se serra
é quem se cerra
é quem se serra
sou guy fawkes na revolta
mas jamais serei anónimo
inconformado c’o sistema
criei o meu próprio código
‘gera assente no binário
‘pa mim não é lógico
formatados num quadrado
decadente cronológico
com “format c:”
‘mo brother tu não vais lá
tens que ir à raiz da bios
se te quiseres elevar
abri portas da reserva
reuni os elementos
ignorância posta à prova
à beira ‘dum esgotamento
não há espaço neste disco
p’aceitar sinais do tempo
ficarei ‘pa sempre aqui
porque abri a minha mente
contra tudo e contra todos
até mesmo contratempos
contra agulhas é que não
mas vou contra virulentos
virei costas a um jogo
‘pa poder entrar no outro
saí da boca do lobo
só ‘pa vir cá dar o troco
na janela digital
já sem linhas de comando
se não abres o portal
é por ‘tares em lume+brando
do céu à terra
entre o saber e o sentir há muita guerra
e quem nunca há de evoluir é quem se cerra
é quem se serra
é quem se cerra
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