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leôncio e leonel - justiça divina lyrics

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joão miranda
moda de viola

saiu com destino a frança do porto paranaguá
um navio de primeira cl-sse de luxo e particular
era mesmo um paraíso flutuando sobre o mar
levando gente de elite pra paris p-ssear
e pra contra ordem exata
a ordem dos magnatas foi pra preto não embarcar.

o navio seguiu a rota levando muitos banqueiros
empresários e madames, políticos e fazendeiros.
mais a bordo não levava nenhum preto p-ssageiro
por respeito ao semelhante era a ordem do dinheiro
mais na metade da viagem,
apareceu ninguém não sabe uma preta no cruzeiro.

o preconceito foi tamanho ninguém quis se conformar
a ousadia da negra nós não vamos perdoar
se ela quer ir a frança, muitas milhas vai nadar.
pela falta de pudor com ávida vai pagar
e sem nenhuma compaixão
a elite e o capitão jogaram a preta no mar.

maia justiça divina também fez seu julgamento
e meia hora depois daquele acontecimento
desabou uma tromba d’água com tempestade de vento
e o ar que estava calmo começou ficar violento
ali começou o drama
e o p-sseio dos bacanas se transformou em tormento.

a tempestade era forte parecia uma furacão
uns gritavam por socorro, implorava salvação
de repente uma luz apareceu na escuridão
e o navio seguiu a luz sem nenhuma explicação
e numa ilha abandonada
o navio fez a parada salvando a tripulação.

quando o dia foi raiando naquela ilha perdida
viram que na ilha tinha uma capela construída
lá fora todos rezavam pela graça recebida
quando entraram, na capela viram uma luz colorida;
e no altar toda molhada
estava a imagem sagrada da senhora aparecida.



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