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m. ( bclnessashit) - quadro familiar lyrics

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[refrão]
não me enquadro no quadro familiar (3x)

[verso 1]
não me enquadro no quadro familiar
aguardo paciente um lugar para sentar
guardo memórias, divago em histórias
amargo é o sabor que me dão a provar

olho p’ra moldura, à minha procura
a tentar encontrar o que nunca teve lá
sempre tive cá
na neverland a curtir c’o peter pan
talvez amanhã..

seja mais parecido
com a minha irmã
mas hoje já não dá
tenho andado ocupado
ser eu mesmo dá trabalho
e se falho dou o tralho
e p’ra me amparar não tenho ninguém lá

talvez seja o meu defeito
de ser imperfeito
de ser o sujeito
que foge ao conceito
nunca tive jeito
p’ra fingir um efeito
que não venha do peito
onde é que eu me deito?

se levanto questões
que não lembra a ninguém
tenho duas opções
ser eu mesmo ou alguém

que querem que seja
mas onde quer que esteja
tenho de ser eu
e mais ninguém

não posso fugir, só existir
com tudo isso que implica para quem me ama
não quero fugir, nem posso extinguir
a chama de tudo que incendeia a alma

serei egoósta por mostrar-te
que é preciso a arte
p’ra não ficar de parte
pressiona start
a vida é um jogo
e eu jogo desde puto em modo hard

p’ra lá de marte
a tentar mostrar-te
que a vida é um mártir mas ‘tou aqui..

apesar de toda a merda que vives
somos todos livres
ninguém a vive por ti

[refrão]
não me enquadro no quadro familiar

[verso 2]
dou por mim no fim
do monólogo que tenho
questiono de onde venho
será que me empenho?

em acrescentar algo mais
à pintura dos meus pais
e não p-ssar de um desenho

como é que faço?
será que tenho espaço
afinal de contas
terei sempre o laço
entrelaçado no que traço
torço pelo melhor
mas nunca dei a torcer o braço

p-sso a p-sso
p-sso a citar
tudo que um abraço
pode vir a abraçar

quantas vezes, vi no bagaço
o confidente presente
disposto a desabafar

tenho tanto p’ra falar
mas com quem?
tanta pessoa do meu lado
e na verdade ninguém

sou um ser isolado
e a culpa vendo bem
é apenas minha que digo
“tá tudo bem”

este é o momento
que me atrevo e escrevo
no processo de criação
coisas que nao o são
sou a quarta folha do trevo
que nunca deu sorte ou admiração

boy admira o som (são)
versos sentidos em sentidos sem direção
cuspidos no meu canto e eu canto
p’ra tentar saber onde é que ‘tão

onde é que eles vão
e como é que eles hão, de fazer
a diferença quando eu só queria ver
quadro familiar onde possa encaixar
e aparecer sem ter de me esconder

será este um texto fora de contexto?
ou um pretexto p’ra te dizer quem sou?
e quem sou eu? carta fora do baralho
num jogo viciado que ninguém jogou

[refrão]
não me enquadro no quadro familiar



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