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mago de tarso - caranguejo do trap lyrics

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o sangue que corre no meio das minhas veias
é sangue de trabalhador
filho de nordestino, meu nego, eu sei muito bem o meu valor
esses caras se acha superior só porque eles moram no centro
pra esses manos eu só tenho um recado
é ai, ai dento

eles me chamam de novo chico
porque eu sou o caranguejo do trap
tirando o nordeste da lama e colocando onde ele merece
eu acabei de começar não conheço, mas sei quem é
cresci na terra do: e foi foi? e é, é?

rapadura é doce, mas não é mole não
melhor atravessar a calçada se tô com os irmãos
minha calça tá arriada deve ser os tijolão
porque eu sou considerado muito mais que lampião

vivo muito a minha vida sem me envolver com coisa errada
se eu morrer é de morte morrida nunca de morte matada
se esse fi do cranco vim frescar com a minha cara
vai conhecer meu dedo mole eu vou mandar ele pra vala

pa, pa
fi de rapariga
que tentação, minha galega me beijando feito abelha
e a lua cabueta pela brechinha da telha
espantada com o tamanho do seu popô

mas quem é esse cara aqui?
nunca vi, nunca ouvi, em recife eu fiz fluir
ainda quer falar de mim
quero ver assumir a responsa disso aqui
coloco o mangue no grammy e ainda vão falar de mim

ainda vão falar de mim
falem bem, falem mal
mordenizar o passado é uma evolução musical

meu mano franscisco, ele já sabia
ele tinha certeza que eu ia cantar um dia
tipo uma profecia que aconteceria
nordeste anos a frente dessa mercadologia

é que há muito tempo atrás se falava em bandido
há muito tempo atrás se falava em solução
há muito tempo atrás se falava em progresso
há muito tempo atrás eu via na televisão
eu via televisão
eu via televisão
eu via televisão

mangue, mague
esse som nasce no litoral
081, o mangue beat ainda vive
ainda vive em mim

veneza brasileira, ela é
terra dos altos coqueiros, aquela fé
ela me rodeia, não sai do pé
dançar brega a noite inteira, é o que ela quer

eu quero mais dinheiro do que ela usa
então quer desse malote em baixo da blusa
tô fazendo virar isso aqui não é luza
como que é olhar no meu olho trava igual medusa

veneza brasileira, ela é
terra dos altos coqueiros, aquela fé
ela me rodeia, não sai do pé
dançar brega a noite inteira, é o que ela quer

eu quero mais dinheiro do que ela usa
então quer desse malote em baixo da blusa
tô fazendo virar isso aqui não é luza
como que é olhar no meu olho trava igual medusa



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