magrão allfavela - mandamento$ malokeiro$ lyrics
[verso 1: magrão]
só em ano de eleição que na quebrada tem reforma
só quando morre um boy que querem falar sobre drogas
só de ver o meu bonde a viatura já retorna
só quando é preto e pobre que o homicídio some as provas
só da ponte pra cá que essa farda suja forja
só da ponte pra lá que eles tudo vira corja
só pra contrariar sumi na fuga de meiota
só dá pra acompanhar se for do furia em duas rodas
só pra nós marola passar no baile duas horas
só pra nós começar já desce um combo e chama as nova
só pra tumultuar coloca aquela do sabota
só pra quem quer lembrar o quanto a zona sul é foda
[refrão: andrade]
é que eu não sei pra onde esse mundo vai
mas pelo menos eu sei pra onde eu vou
500 anos de brasil aqui nada mudou
mas lembro de anos atrás e olha onde eu to
[verso 2: magrão]
quando eu descobri meu rap
eu e mais 3 moleques
bafiando tags
ouvindo mos def
definitivamente
procurando raps
carburando becks
escutando tracks
tranquilamente dichavando quilos
subindo a curva do s
2017 no espaço reggae
nem me lembro como vivi aquilo
vi o brr, daniel e o redd
projeto mais rap
allfavela organizando o terrorismo
e eu não brinco
pelo campo limpo
depois das dez horas qualquer mano vira gringo
quer falar difícil
vem de outra cidade
foge, fica liso, ou vira peita de saudade
adversidades na favela todos temos
a diversidade da favela todos somos
na sinceridade, tudo é questão de tempo, após resultados irão se perguntar como?
eu vivo o meu sonho e foda+se
não pago minhas contas com a sua opinião
e nem quero o seu bom conselho
sempre fui estranho, foda+se
hoje tem quem procura o magrão enquanto se olha no espelho
[refrão: andrade]
é que eu não sei pra onde esse mundo vai
mas pelo menos eu sei pra onde eu vou
500 anos de brasil e aqui nada mudou
mas lembro de anos atrás e olha onde eu to
é que eu não sei pra onde esse mundo vai
mas pelo menos eu sei pra onde eu vou
essa vivência me fez ser o que eu sou
lá fora é uma sala de aula
[verso 3: magrão]
numa tarde fria vários corações gelados
sentem agonia maldições de seus pecados
de uma sinfonia com arcanjos mascarados
tiro a sintonia prum arranjo consagrado
criptografias do meu gene
coreografias que viram meme
corro a grafia não da sirene
pro correria não surpreende a covardia desses pm
até quem não deve pra eles teme
norte, sul, leste, oeste, abc e baixada
que deus guarde os pretos que vivem nessas quebradas
que a paz alcance a mulecada
e que eles se inspirem nas minhas rimas improvisadas
visão de futuro é estudar e ter dinheiro
pensar na família
no seu corre
e nos parceiros
ser o mesma fita
sempre humilde e verdadeiro
esses são alguns
dos mandamentos maloqueiros
[refrão: andrade]
é que eu não sei pra onde esse mundo vai
mas pelo menos eu sei pra onde eu vou
500 anos de brasil e aqui nada mudou
mas lembro de anos atrás e olha onde eu tô
é que eu não sei pra onde esse mundo vai
mas pelo menos eu sei pra onde eu vou
essa vivência me fez ser o que eu sou
a rua é uma sala de aula
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