mc mestiço - engula a pílula lyrics
a vida é uma mentira que está sendo contada
sorria que a vida está sendo filmada
uma mentira que está sendo contada
sorria que a vida está sendo filmada
entre mentiras bem contadas e verdades mal ditas
ilusões são como prisões, sempre bem vistas
nesse coma da razão a cólera é benigna
o enigma é porque a ignorância ainda é bem vinda?
prefere a verdade que te fere ou ferro que te prende?
se ferra quem entende, como quem não compreende
se a gente não interfere a gente se rende?
complexo como uma história de david lynch
presos numa cidade de sonhos em ruínas
louvamos escombros duma estrada perdida
afundamos na duna que é nossa hipocrisia
a história real de como vivemos mentiras
do pecado original até o jobs com a maçã
uma indústria de ídolos consomem a massa
vai pra rua, tira ‘selfie’ e acha tudo muito massa
cara rima minha é um soco, saca, essas ideia amassa
seja pacifico, não conteste, nem proteste
não ateste, só aceite é tudo um teste
não duvide, não questione, não opine, não se posicione
eles tão te iludindo
engula a pílula, eles tão vindo lá
desliga o celular querem te alucinar
é tudo parte do plano, na minha arte reclamo
liberdade eu clamo, não vou ser mais um ciclano
pra mudar o mundo tem que entender o contexto
ninguém vai mudar o mundo pelo face com o texto
você é o bandido que tanto odeia seja honesto
o violento usa a violência de pretexto
as cláusula desse contrato me deixa possesso
nos tornar números é apenas um processo
só são revolução até pagar pelo ingresso
isso é sartre em expansão, foucault em progresso
a sociedade é uma fábrica de gente parecida
gente que não questiona, gente adormecida
nessa terra de golpes e discursos sem ideologia
qualquer palhaço de uniforme se torna fascista
pensamentos são bombas, explode a caixa
implode a mente, desarma a calma
informação é o diabo na terra do joão dória
esse rap não é mefistófeles mas vai na alma
seja pacifico, não conteste, nem proteste
não ateste, só aceite é tudo um teste
não duvide, não questione, não opine, não se posicione
eles tão te iludindo
engula a pílula, eles tão vindo lá
desliga o celular querem te alucinar
é tudo parte do plano, na minha arte reclamo
liberdade eu clamo, não vou ser mais um ciclano
o microfone mata a fome dos invisibilizados
hoje eles tem drones nos querem imobilizados
homens de terno e gravata não são sensibilizados
se alguém protestar somos responsabilizados
é tudo ilusório, compulsório igual comício
abra bem os olhos e assista o ódio virar vicio
humanos sem humanidade, como que ‘desclico’?
hoje não tem pão, pra nós só sobrou o circo
cérebros em desuso igual disquetes
olhares bem intencionados aqui são cassetetes
na avenida desfila em fila marionetes
dançando alegres, sob um mundo falso de confetes
seres pluricelular usados por um celular
a televisão é um espelho vai te aprisionar
se não souber usar a internet vai te internar
meu pensamento é um fantasma nessa máquina
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