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mms- matheus monteiro dos santos - reflexos de versos complexos lyrics

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apenas controlado pela noite, escura madrugada
resistindo ao meu lado obscuro desconhecido
a rua vazia, toda casa com a luz desligada
eu ainda pela fraqueza não me dei por vencido

se a lua entendesse o que em mim agora p-ssa
não conseguiria mais brilhar de modo q me ajude
o tempo devora lentamente como traça
o efeito se ac-mula e impacta como alude

um ano que se finda de forma veloz
uma vida que se continua em construção
mesmo rouco, louco, ou pouco sem voz
nada calará minha mente em eterna canção

meus olhos não fecham mais ao entardecer
a noite me consome como vício
minha vista enfraquece ao alvorecer
a esquecer da vida me sinto propício

não irei mais traçar tais versos complexos
derradeiros estes serão até o findar dos dias
estou ainda moldando meus anexos
para manter meu controle nestas noites frias

eu que reciclo minha ideia obsoleta
presente inato que agora desembrulho
um lado se corrompe e outro se endireita
e ambos que resultam em barulho

uma canção concluída é uma conquista
o início de uma é um novo propósito
o ouvido da gente é recepcionista
ou tudo para um cérebro inóspito

na canção que eu escrevo oq você infere?
se meu som te fere, desculpas peço
minha canção vc ingere, digere,se difere
prolifere, emersa oq viveu submerso

se o vento soprar trazendo felicidade
finalmente encontrarei meu refúgio
que meu coração não morra de saudade
que meu amor não morra de repúdio

meu pensamento eu que retalho
humanidade que me causa revoltas
se me ferem, com palavras metralho
já que sabemos que o mundo dá voltas

não troco minha alegria pelo sucesso
não troco meu som pela frieza
troco cada segundo por um verso
som e sentimento importa mais q beleza

consentimento não dou para cópias
respeito dou para legítimos
melhor falar sobre coisas óbvias
do que apreciar excrementos em ritmos

piso descalço para sentir a liberdade
ando pelas ruas escuras para sentir o ar
espero os anos trazerem minha maturidade
para eu não me perder, só me encontrar

o homem é cego -ssim como a justiça
o homem enxerga o que lhe interessa
o homem já nasce sujo e com malícia
o homem manipula com a conversa

todos fomos concebidos para algo
meu objetivo é construir uma nova nação
mas se o sistema chegar a me ver como alvo
convicto estarei de minha conspiração

minha casa é meu lar, minha mente labirinto
minha canção é como um trem de carga
que carrega de modo retilíneo o que sinto
dividido em duas partes, a doce e a amarga

a lua me ilumina em noite de trevas
o sol me aquece em dias frios
eles para escrever se utilizam de ervas
eu escrevo são, com os desafios

se a vida não machuc-sse, seria uma utopia
se o coração não par-sse, seria imortalidade
em mentes loucas isso jamais aconteceria
mentes boas sabem q isso não é a realidade

todo mundo tem seu lado psicopata
luto para -ss-ssinar o meu
sei q deus abomina quem mata
mas sei que o inocente no final será eu

cada ano q p-ssa, cria um novo p-ssado
cada q ano que vem molda um novo futuro
no ano que estamos o presente é sagrado
o presente vital, é ótimo mas também duro

braços trabalham, só q fracos escravizados
a ganância do homem fere ao outro
colocando correntes e deixando enjaulados
até o pensamento que deveria está solto

uma hora agora ao natal antecede
noite de um especial nascimento
o desejo mundano a celebração real impede
fazendo o errado até neste momento

meu estoque de paciência já está vazio
mais um pouco de raiva eu explodirei
meu fim com meu som anuncio
pois sei que logo cedo evaporarei

meu remédio é essa expurgação
meu vírus é minha mente enfraquecida
difícil entenderem essa situação
mas compreenderão minha rima homicida

levo minha poesia como se fosse uma mensagem de guerra
destinada ao inicio da pacificação ou destruição final
meu som não se encerra quando minha mente se enterra
descansa solitária à sete palmos em putrefação parcial

fluxo intenso a cada linha elaborada
um tenso pensamento em ignoto lugar
a ideia que penso faço ser proliferada
cérebro propenso a iniciar a versar



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