nego joca - desce mais uma dose (bonde da cirrose) lyrics
[diálogo: joca, vk e sayd]
salve
qualé que é, sayd!?
e aí, vk
salve, nego
ê, joca, sereno!
o mano vamo gravar aquele som, só que, seguinte, mano:
bá, tenho que tomar uma água antes, porque, mano
bááá, o bagulho ontem foi insano, tá ligado?
o mano, pra curar ressaca é cerveja, mano
ai ai ai
traz outra pra nós de novo e vamo que vamo, mano
a gente aguenta
é… não tem saída, né, mano!?
vamo que vamo
é isso aí, né, vamo dale então
deixa eu pegar minha letra aqui
[intro: joca e vk]
nego joca!
miz rap!
aê, aprecie esse som com moderação, tá ligado?
lado sul!
esfarrapos!
[verso 1: joca]
rapaz, hoje eu acordei mal, viu
misturei tudo que é bebida, minha barriga não curtiu
energético tirou o sono, acordei acelerado
cadê a água por favor, carburador tá esvaziado
nem me fala, man, ontem eu tava tão bem, só alegria
a gente que tá tri, até chegar no outro dia
que agonia! prometi nunca mais sair da minha
eu juro que eu tava bem até chegar a caipirinha
e veio whisky, veio kit e por fim a catuaba
que me deu um soco na mente e eu não lembro mais de nada
“como é que eu cheguei em casa?” essa pergunta não é nova
dizem que deus protege os bêbados, eu sou a maior prova
esses dias num churras bem aqui do lado
eu fui só pra comer mas acabei gelado
vieram com a breja e é aí que eu peco
dois litrão e já começa com a filosofia de boteco
pandeiro, cavaco, rebolo e reco-reco
tem sempre o fella que se gela, se revela e quer pegar tra…*barulho de censura*
lado sul se move a álcool e eu não vou negar
quero a bud patrocinando quando eu for superstar
falou em breja pode -ssociar a mim
é joca, mas pode chamar de o “novo zeca pagodin'”
mas eu não sou alienado, sei que é droga
e pra mim, fazer apologia é falar pra neguin’ “se joga!”
às vezes paro pra meditar, ver até onde meu vício vai
a coroa sempre falando que eu sou igual meu pai
mas deixando isso de lado, porque a vida tá seguindo
eu vou me policiando e com miz rap eu tô seguindo
muita força na voz
e vários anos de fígado blindado pra nós
então desce mais uma dose aê, cupincha!
[refrão: joca, sayd]
desce mais uma dose (dose)
que aqui não tem neurose
aproveito enquanto eu tô bem pra dizer
que é o bonde da cirrose (rose)
no sangue tem glicose
espera mais um pouco pra tu ver
desce mais uma dose (dose)
que aqui não tem neurose
aproveito enquanto eu tô bem pra dizer
que é o bonde da cirrose (rose)
no sangue tem glicose
espera mais um pouco pra tu ver
[verso 2: vk]
minha poesia é boemia
quem não me acompanha fica pra trás, nigga
olho pro relógio, p-ssam as horas, quero mais, nigga
na madruga o joca chamou e a ceva hoje está tendo
só p-ssou meia hora, não tô me reconhecendo, ha
magrinho pilaco, nem aí pra você
lado sul e esfarrapados pelos bares da cb
o que eu vou dizer? vou fazer o que?
quanto mais tento me afastar, sayd vem me oferecer
ele bota vodka e gim, aquela sola da bota
me traz mais três polar que eu faço sete estrofes fodas
se eu chego locão em casa, hmm… minha mãe se morde
nessa situação, negrão, caso de vida ou morte
já to fuuu, ela não quer diálogo
sobra o canto do sofá e o fígado estragado
[diálogo: joca, sayd e vk]
caralho mano, já acabou aí, pega o dinheiro aí, mano
ô, busca lá, busca lá, busca lá, mano
vamo buscar mais uma, busca mais
[refrão: joca, sayd]
desce mais uma dose (dose)
que aqui não tem neurose
aproveito enquanto eu tô bem pra dizer
que é o bonde da cirrose (rose)
no sangue tem glicose
espera mais um pouco pra tu ver
desce mais uma dose (dose)
que aqui não tem neurose
aproveito enquanto eu tô bem pra dizer
que é o bonde da cirrose (rose)
no sangue tem glicose
espera mais um pouco pra tu ver
[verso 3: sayd]
saca só, quantas vezes cheguei virado
derrubando as plantas da mãe e o armário
acordando atrasado
alcoolizado, sem esperança de ver o sorriso da minha velha
além da tristeza por ser um mal criado
transando no corredor e no meu quarto
pegando um frio na rua ou só querendo uma bruna surfistinha pra dar um trato
afogado
submerso em um copo, tonto
virado
agoniado em estar trocando a tarde de trabalho pelas noite em claro
bebendo, infelizmente, pra caralho
mãe, pra caralho
tem a breja e a escuridão no olhar de um solitário
de mais um vagabundo sedentário
malhar, pra mim é levantar o copo pa pum
da garganta pra mente, flutuar no meu inconsciente
beijar e dar um trato finin, um sexo pegadin, din, din, din
“dudu” na cama, com a minha cama
apaga a luz e só não repete que me ama
[diálogo: joca, sayd e vk]
caralho, acabou a ceva de novo, mano
ah, busca um fardo, mano
acaba não, papai, acaba não
[refrão: joca, sayd]
desce mais uma dose (dose)
que aqui não tem neurose
aproveito enquanto eu tô bem pra dizer
que é o bonde da cirrose (rose)
no sangue tem glicose
espera mais um pouco pra tu ver
desce mais uma dose (dose)
que aqui não tem neurose
aproveito enquanto eu tô bem pra dizer
que é o bonde da cirrose (rose)
no sangue tem glicose
espera mais um pouco pra tu ver
[diálogo: joca, sayd e vk]
acabou a ceva de novo, meu
junta umas moeda aí e vamo comprar uma cachaça
junta aí, meu
junta, caralho
ah, eu não tenho mais nada mano
tá fudido, tá fudido
isso aqui é lado sul ou não é, caralho?
agora vamo ter que apelar
chama o madyer, chama o negrite
vamo pra cachaça, filhão, vamo pra cachaça
carai
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