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ordem própria - condenado e protegido lyrics

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7 do 10, 1995 sábado 13 hora e 45
ainda choro como se fosse ontem
– daniel sua mãe morreu, a roupa dela tá aonde?
nunca vi doer tanto o lado esquerdo
atiraram em mim de 12 e até hoje eu me lembro
criado sem pai sujeito ao desequilíbrio
sem leite ninho, laticínio, cartão do benefício
me vi sozinho no meio da multidão que não me entende
uma irmã que mamava no peito, outra deficiente
destino impiedoso que vem num instante
o corpo dela tava quente mas morto por derrame
lembrei do seu velório vi que não dormia
se o criador tiver borracha por favor apaga aquele dia
coroa de flores saudades da família e dos amigos
pode esquecer minhas irmãs só vão ter o meu carinho
rosas pra amenizar o local escolhido pru cenário
a vela nem terminou e o caixão já tá fechado
– mano fica forte, é um enterro, ai não se esconde…
era menor…mais era homem!
meu castelo era um barraco ameaçado por chuva, calor e frio
não ter mãe e pai naqueles dias era ser bandido
enjoei dos lápis, das matéria e do caderno
pra correr no campo e sonhar depois das lata de concreto

(refrão 2x)
deus bréca a ação do juiz daqui
daquele que se vira contra mim…
mãeeee… olhai por mim… houuu meu deus…

2 de novembro era dia de visita
me coloquei na frente da sepultura
mãe me consede a benção minha
seu filho tá no corre e tenho até filhos
que é pra senhora ver nem vivem comigo
não sou mais o menino que a senhora tanto elogiava
risquei da vida um monte que só atrasa
to aqui porque deus quiz como em outra vez
com a diferença dos 13 anos já p-ssei dos 26
a escola eu terminei até quando eu aguentei
mas que isso não sirva de conselho pra ninguém
muitos tem medo da minha cara de marginal de estilo
a pilantragem escolheu os cara mais bonito
vira e mexe mó veneno uma câmara de gáz
a senhora sempre me explicou que tbm era meu pai
que se eu der mancada ai eu tô frito
ex mulher sim, mas nunca ex filho
amanda a vó levou, a cris eu fiz minha parte
até o dia que o vizinho denunciou na maldade
a policia veio louca tem um bandido na rua de tipo
algemado na frente do meu amor e do meu próprio filho
delegada disse acorda vai na colheita da prova
seu filho foi preso paixão de cristo mãe domingo de páscoa
fiquei em uma cela com dois mano um morto e o demônio
aquele ano eu ia aprender matar um vizinho atrás do outro

(refrão 2x)
deus bréca a ação do juiz daqui
daquele que se vira contra mim…
mãeeee… olhai por mim… houuu meu deus…

eu fui pra rua enterrar minha expectativa
foto da profissional no jornal e na mão do criminalista
a mãe dos amigos que eu tirei da droga hoje me condena
maquiagem pra dar entrevista pru rezende e pru datena
condenação em praça pública não terá esse dia
enquanto isso procuraram uma vaga para a minha irmã na clínica
o inimigo ofereceu armas de todo modelo
uma repórter falou que tinha nome pesadelo
já pensou eu com um nextel dominando o morro
dinheiro, mulher, drogas e só carro muito louco
pela dor vai ser se não for pelo amor
na derrota foi onde seu filho mãe se levantou
uma treta atrás da outra porque me olha -ssim
o defeito no meu rosto tem nome é cicatriz
porque se tem o bem vai ter o mal também
o que é bom pra eles e nós diga amém
sem advogado do estado e direitos humano
nunca pisei sobre rosas e mataram meu sonho
vou ser o monstro que você qué em cima do palco
pm que me algemou foi no meu show sem tá fardado
eu fiz algumas poesias toquei no coração de alguém
mãe eu amo a senhora todos ficarão bem
o sistema não é love porque querem a nossa morte
olha nem te falei seu filho canta no ordem.



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