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orteum - era uma vez lyrics

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[verso 1: benny]
era uma vez, ya
não deixes para o amanhã o que podes fazer tu
se o pof bater logo, tens a hipótese de saber tudo
(era uma vez…)
hoje são chutos ao pontapé tipo rock rendez vous
(era uma vez…)
depois p-ssou à história esse hip-hop de vender cu
quando erras, tu não vês que o ponteiro não pára
duma vez, dispara
nem apontei
contei com nada e voltei meu brother
não há volta a dar, é sempre a rasgar
no contra-ataque sem me engasgar
a gente apresenta sk!ll, nunca trouxe fama
carrego 60 quilos, querem-me prender por 14 gramas
não faz sentido
‘tou na paz sem perigo, p’a ser verdadeiro sou capaz de mentir
não percebeste? só me desgraço sem ti
não percebes nada
e não é possível estares bêbada se só bebes água
isto é metáfora
rap é ‘pa quem o vive
‘pa quem tem ouvido
uma vez chega ‘pa veres o que eu tenho aqui
(one time)

[verso 2: tilt]
e é -ssim que se abre a semana
não durmas com esta história, abre a pestana
tipo o terceiro olho daquela dama que escama
até te engulo espinhas
resumo linhas
lama no piso em que o bicho chama
já viste ser diferente?
se eu pudesse matar alguém
juro pela minha mãe que eram os dama
era uma vez que eu um dia não vos ouvia na rádio
e não ia para o meu bules com vontade de comer um balásio
comer é tipo, básico
não se mastiga o garfo
mas o teu tem sido de plástico, e é -ssim que se castiga o parvo
vivi sob um pingo de ácido
intervalo é birra ou charro
perco o controlo num estilo clássico quando desliza o carro
é tipo…rápido!
(era uma vez…)
o mano nem era do benfica
mas torcia todos os dias p’a plantar bombas no marquês
era uma vez uma história de quem chulava um povo
e o mesmo não teve memória p’a puder contar de novo
ouve

[verso 3: eliot]
era uma vez
já vão duas, já vão três
nunca paras, acabas sempre por voltar ao começo
e eu conheço-me suficientemente
p’a saber o preço do meu ser, do meu verso
entra dentro do complexo
eu confesso que o que eu penso me enlouquece
eu não peço, mas o que acontece é: o diabo aparece
mil histórias do inferno perdido de mim
só me encontro num deserto acompanhado do meu caderno
queres acompanhar com o teu?
és zero a comparar com quem merece
eu não me esqueço de quem não se esquece
e nunca é por interesse, mano, é isto que eu quero pôr impresso
era uma vez e nunca mais me vês, ou talvez até regresse
só p’a morrer outra vez
porque me apetece

[verso 4: m-ss & tilt]
era uma vez uma história de quem nunca quis fazer parte
da defesa da humanidade, então só jogou ao ataque
sentada nesse parque
sem nada, nem sotaque
a gozar com esses dreads que fazem figura de parvo
(é caricato)
quem se acha fraco acaba nesse gangue
com uma cara tão bonita mesmo com um nariz tão grande
(que haja sangue)
em prol dos caras que os ajeitam
com paredes que têm ouvidos p’a gritos que só as emprenham
eu vim ‘pa ver a extinção dessa tua espécie
e tu tão “proud of yourself” agarrado a esse pau de selfie
com essa moral de guru
olha bem para o teu público
eu acho que já nem és único, agora tu só és súbdito
era uma vez a terra onde a ignorância é cega
mas onde quem pisa bananas não escorrega, vai à guerra
chafurda nessa merda, abre a boca baleia
mas se tudo tem um preço, ao menos regateia
barriga cheia

[outro]
e é -ssim que esta história termina



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