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papamike - diário de um patrulheiro lyrics

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[letra de “diário de um patrulheiro”]

[intro]
e aê, irmão?
você quer saber um pouco mais sobre minha rotina?
creio que um turno de serviço não caberia em uma música
quem dirá em um livro?
cada dia é uma nova história
e nada que acontece se repete

[verso]
eu fico observando aqui do meu canto
estou patrulhando e, na mente, criando um canto
sentado nesse banco, sempre atento um tanto
se alguém tentar contra o flanco, vai tomar um solavanco
arma em punho enquanto a rapa avança
no deslocamento sem cinto de segurança
se eu quisesse segurança, eu nem tava na pm
eu sei que estou errado, é o risco do game
pessoas acenando, um vem entrando na frente
pedindo pra parar: “polícia, teve um acidente”
começo a +n+lisar se tem perigo iminente
a balizar o trânsito, defesa do ambiente
um motoboy no chão já inconsciente
aglomeração, todo tipo de gente
o senhor dentro do carro pela vida temente
não viu o motoqueiro, ponto cego, nem foi inconsequente
ligo para ambulância e começo o procedimento
as multidões clamando pelo rápido atendimento
acha que o pm fez medicina também
o samu chega na cena, o bptran já vem
passo a situação pro sargento, sigo o patrulhamento
penso no envolvimento e no desdobramento
disseram que, pra trânsito, sou truculento demais
por isso, sou recobrimento, tático minas gerais
quantas linhas já deram do turno a descrição?
meu, não saímos nem de perto do batalhão
outra situação, “copom empenha o taticão
se o crime é violento, caio dentro, entro em ação”
um desentendimento entre familiares
desembarco da rapa, observo olhares
pensei em enfrentamento, pontapés e gritos
todos tavam calados, populares aflitos
e marcas de sangue em toda a residência
ninguém falava nada, que merda de ocorrência
fui seguindo rastros até o quarto do casal
ambos tavam sem vida, foi só tiro fatal e tal
agora eu percebi porque a vizinhança
estava assim, também lá dentro tinha uma criança
o cara surtou e matou todo mundo
depois suicidou, que merda de covarde vagabundo
o que eu posso fazer é só preservar o local
copom chama perícia, lá fora já tem o jornal
pro papel a notícia do que presenciei e tal
b.o. tá pr+nto e sigo para o turno normal
olho no relógio, só passaram duas horas
fazer um qcl, deve dar tempo agora
“copom, prioridade na rua dos aflitos
tô em dificuldades, tá havendo conflitos”
chegando no local igual cena de guerra
várias viaturas enquanto a turba vocifera
multidão inconformada com o desdobramento
da abordagem de um menor, tiros no elemento
atiram objetos e vários xingamentos
ele era trabalhador, pedaços de cimento
já não tem mais conversa, tornaram agressores
carga direcionada pra acalmar os malfeitores
perímetro de segurança controlado, protegido
eu fui informado na chamada do ocorrido
um pm baleou um cara confundido
ele tentou, foi socorrido, devia ter resistido
olho no relógio, só se passaram três horas
é só o início do turno dentro da caixa de pandora
vamo’ embora, a multidão já foi dispersada
e as ideias sobre o som ‘tão ficando acumuladas
quantas folhas do caderno eu tenho na memória?
sobrevivente do inferno e não é só na história
minha trajetória fica grande pros seus ouvidos
um dia do papamike dá uma estante de livros



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