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piruka - tens de intervir lyrics

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[verse 1: piruka]
duas da manhã, broca na mão, caneta e caderno para fazer fusão
vivo no inferno mas dizem que não, palácio de chapa, chamo barracão
a matilha ataca corre atrás do pão, venho do bairro mas sou cidadão
tropa tou calmo mas tenho visão e é claro que falo, tenho opinião
não calo, não papo, ingrato não sou, não cuspo no prato que me alimentou
de falas barato tou farto meu bro, concordo é um facto, a mim só me ajudou
piruka a perna p-ssou na taberna não tou a já não me encontras
a minha vida mudou, eu caguei nos contos, agarrei me às contas

mas eu só penso em tapar a cara e sair
a rua chama por mim e eu sinto me a ir
é só contas a chegar, uma renda para pagar
e ouço uma voz a falar, tens de intervir

mas eu só penso em tapar a cara e sair
a rua chama por mim e eu sinto me a ir
é só contas a chegar, uma renda para pagar
e ouço uma voz a falar…

eu não faço nada cabeça na lua, piruka na estrada sou puto de rua
madorna na casa,se vê que é brasa não p-ssa, recua
cabeça erguida, a vida continua, na esquina há chamira, há cozida e há crua
muito menino queadora aventura acaba de cana à pala da gula
mula não sou, nunca irei ser, eu quando aposto nunca é para perder
meu boy não me vejo trancado a roer, parado no tempo sem tempo para ver
o dia a p-ssar, cria a crescer, a dama a gritar, por eu não querer
ir trabalhar, e só escrever, mas o meu trabalho é dar a entender

que ao menos eu tento, e nunca ninguém
que não queira tentar, pode dizer que não tentei
agarrei-me ao que sonhei, com unhas e dentes
e felizmente não me enganei

que ao menos eu tento, e nunca ninguém
que não queira tentar, pode dizer que não tentei
agarrei-me ao que sonhei, com unhas e dentes
e felizmente não me enganei

eu fui apontado e falado porquê? aquele que disse que viu na verdade nem vê
aqui meu pi piruka mc madorna linha c
tanto parlapier, faça o favor de dizer, eu tenho o prazer de tentar entender
aqui o meu lema é “parar é morrer” mas fico parado, sentado a escrever
tento perceber, não tou a ver, aquilo que queriam que eu visse
sinto me a tremer, a desfalecer, e querem dizer, aquilo que eu disse
eu ando a correr, de um lado para o outro pareço um aborto a ser mastigado
tou a ficar louco, já falar pouco, eu não quero troco, eu tenho trocado
eu tou baralhado agarrado ao rap, rap não é charutos e caps
rap não é pedradas e dreads, para mim rap é valetes e sam’s
tu fumas e bebes, não te apercebes, que tombas e pedes para levar na boca
não é cobardia, bazofaria, um dia acaba a vida louca
na rua é pesado, em casa p-ssa pouca, diz se tugh life, à pala da roupa
procura beef, só come sopa, diz se de elite e nem sabe o que é tropa
calou motherf-cker, larga a fofoca, volta pá casota vai chorar prá mãe
nem sabe o que é mocas e fala de mocas como ninguém, para mim táss bem!!

mas eu só penso em tapar a cara e sair
a rua chama por mim e eu sinto me a ir
é só contas a chegar, uma renda para pagar
e ouço uma voz a falar, tens de intervir

mas eu só penso em tapar a cara e sair
a rua chama por mim e eu sinto me a ir
é só contas a chegar, uma renda para pagar
e ouço uma voz a falar…

que ao menos eu tento, e nunca ninguém
que não queira tentar, pode dizer que não tentei
agarrei-me ao que sonhei, com unhas e dentes
e felizmente não me enganei

que ao menos eu tento, e nunca ninguém
que não queira tentar, pode dizer que não tentei
agarrei-me ao que sonhei, com unhas e dentes
e felizmente não me enganei



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