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praso - o livro lyrics

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nem o paladar da frutoria sinto
sou apenas uma farda azul presa pelo cinto
mas o mundo é meu, ao menos parece quando misturo com absinto
apesar do forte estilo que apresento na rua, ausento-me (?)
e mesmo -ssim, tens-me ouvido e reconhecido
que mesmo sem ser conhecido
isso é algo que eu não necessito
é como ter pele de conguito
por isso não me ponham ao lado desses com guito
que vendem a alma por isto
a vida não é só isto
a vossa descarta-vos como (?)
sou milionário em tempo gás
nomeado por um rasgo
imaginas um génio dentro de um frasco
a estragar-se no meio de emplastros
tipo quem dá tudo e é odiado como um padrasto
eu saio sem deixar rasto com meia dúzia de sonhos num saco plástico
e paro quando sinto que já nada é mágico
mas nada disto me afeta a postura
sou um doente sem cura à procura de fazer loucuras
mas durmo, os meus sonhos são paranoia
psicose narcótica ou uma mente caótica
o mundo na minha mão arrefece-me a ótica
a ideia de viver para sempre, mano, é ótima
cego ou estúpido eu nunca me senti tão lúcido
a música é o meu mundo
e o bairro onde vivo é o meu estúdio
onde eu relato e vejo tudo
cimento de ferro e fumo, -ssumo
estas são as cortinas do meu mundo

o meu futuro está escrito só preciso de encontrar o livro
mudar a capa e o título e levá-lo comigo
numa longa viagem numa longa trip
como um caminho no trigo sem repeat
comparsa, se é pra vida a gente baza
deixa-me ir, deixa-me andar, deixa-me rir para não chorar
basta, nossa vida é vinho que alastra
e todos querem o paladar da nossa casta

tou grato de o ter dominado em tempo útil
conjugado com um p-sso bem dado à ruud gullit
help me my life was a movie
e no teatro de guerra uma (?)
a vida é uma bola depende como a controlas
a esfera é minha sem cunha sem esmolas
o mundo entende-me, sou poliglota
é ouvires uma língua já em revolta
polémica, uma (?)
(?) dependente sócrates
fly now a tripulação gosta
eu li num atlas que encontrei
que o mundo é meu e eu não sei, ok
eu vou voar com a (?)
anjos dão-me asas
bem vindo à comunidade bélica
santos dão-me as graças e vénias
abrigos para blasfémias, veia poética
liberta-me da media, do tédio, da inércia
faz-me grande como deus na grécia
é que eu não ouço, eu escuto
interiorizo tudo, baixo grave e agudo
cada instrumento num conjunto
cada um ter arte, cada um tem groove
e eu tenho um prazo do tamanho do mundo
dá-me um beijo, dá-me lume (?)
mundo black tudo green smoke luz
o pouco mostrou-me a virtude do plus
há um meio termo para tudo
há tempo para tudo
e o tempo veio pleno de plenitude

o meu futuro está escrito só preciso de encontrar o livro
mudar a capa e o título e levá-lo comigo
numa longa viagem numa longa trip
como um caminho no trigo sem repeat
comparsa, se é pra vida a gente baza
deixa-me ir, deixa-me andar, deixa-me rir para não chorar
basta, nossa vida é vinho que alastra
e todos querem o paladar da nossa casta



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