rapadura - meu ceará lyrics
[intro: luiz gonzaga]
oh, deus!, perdoe este pobre coitado
que de joelhos rezou um bocado
pedindo pra chuva cair sem parar
desculpe eu pedir a toda hora pra chegar o inverno
desculpe eu pedir para acabar com o inferno
que sempre queimou o meu ceará
[verso 1]
sou mandacaru, enfrento a seca, sou pior que esses males
sombra de juazeiro assombra eles nesse 8 mile
mister m no mic, mente mágica em freestyle
muda a modalidade, m.c miserávi, m.charles (owww)
rimo difícil e faço parecer fácil
sai do edifício e pede ciço pra sair vivo do nosso cangaço
o que ‘cês querem ver? (sangue!)
sangue preto não estanca em terra branca, igual lama de mangue
paga de gangstar de corrente, chei’ de muganga
sabe de nada, inocente! sou cria da sapiranga
suricate seboso vomita letra e ainda manga
nordeste veste num é camiseta? arregassem as mangas
só fala água e merda, é muito cocô pro cocó
“quem dera ser um peixe” morreu no próprio gogó
tão nessa de ser melhor? então tomem o meu pior
eu sumi e voltei maior, pra ser eterno igual belchior
amelinha e ednardo é o pessoal do ceará
sou cidadão instigado, e jamais pago pelo jabá
cuspo fogo na terra e no ar, como um dragão do mar
cada linha é extensa e lotada, mah, como o grande circular
sua carreira é uma droga e é terminal igual ao papicu
só fala em arma e vajota; legal, mas só tem papo e cu
caia no pirambu, cai tua máscara papangu
em meio ao lixo musical, resisto igual jangurussu
[refrão]
rap no mic, põe a mão pro ar (o meu ceará)
o verso é livre como carcará (o meu ceará)
nordeste rima sem seu alvará (o meu ceará)
o agreste vive e ninguém vai parar (o meu ceará)
rap no mic, põe a mão pro ar (o meu ceará)
o verso é livre como carcará (o meu ceará)
nordeste rima sem seu alvará (o meu ceará)
(um dos melhor speed flow que ‘cê ouviu vem do ceará)
[verso 2]
o boneco exótico de sotaque robótico
é tão foda que a cópia nem chega aos pés do protótipo
imitar gringo num é ótimo? estereótipo inóspito
desconhecer teu estado é um atestado de óbito
chapéu de palha? é lógico! mágico de orós
trapper trapalhão tiro de letra, igual rachel de queiroz
tão chico quanto anísio, improviso o riso no algoz
num tem biodiesel, a pata ativa a s+xtilha veloz
rap novo virou o jogo, eu sou clássico em castelão
tão sábio quanto o vovô, voraz igual o leão
se rima é campeonato, jb6 é o campeão
eterno lampião, e o rei de vocês se curva ao peão
sem tablet e wi+fi, minha obra é mobral
até albert einstein estudou minha sobra em sobral
um gênio como ciswal, me enfrente se for o tal
rap, repente, flowtal, trampo igual bacurau
aí dento! aqui é fortal!
não se ache macho só porque foi no ctn
firma o espinhaço diacho pra ser mc na tn
tua punch vai te punir, poesia é maria da penha
viviane sucuri na arena, é lei maria da lenha
sou lunga pra ignorante, já não tenho dom para tanta conversa
não canta, resmunga, tá fora do tom cavalcante
e ainda acha que é bom à beça
pense num grande encontro se junta uma ruma de cabeça dessa
tu quer poesia, é com rapadura
duvida? pergunta para o bráulio bessa
tu quer faz me rir? eu ganho a vida, sou rico sorrindo tipo tirullipa
já que deputado é safado, por que que o palhaço é o tiririca?
doquinha contra os coxinhas que servem carniças e oligarquias
mando um caminhão de madeira maciça para as autarquias e as monarquias
[refrão]
rap no mic, põe a mão pro ar (o meu ceará)
o verso é livre como carcará (o meu ceará)
nordeste rima sem seu alvará (o meu ceará)
o agreste vive e ninguém vai parar (o meu ceará)
rap no mic, põe a mão pro ar (o meu ceará)
o verso é livre como carcará (o meu ceará)
nordeste rima sem seu alvará (o meu ceará)
(um dos melhor speed flow que ‘cê ouviu vem do ceará)
[verso 3]
itapipoca em verso e prosa, nordest side faz jus
de crato a crateus, de pacajus a viçosa
outrora em timbaúba, em tianguá, ubajara
pra granja de pau de arara, na estrada de carnaúba
de manibura eu vim, em lagoa seca eu sou residente
conjunto palmeiras e novo oriente, maracanaú e acaracuzim, mondubim
paracuru, bom jardim
a minha terra num é plana, é plena
e qualquer letra vai ficar pequena
pois o meu amor por ti não vai ter fim
[refrão]
rap no mic, põe a mão pro ar (o meu ceará)
o verso é livre como carcará (o meu ceará)
nordeste rima sem seu alvará (o meu ceará)
o agreste vive e ninguém vai parar (o meu ceará)
rap no mic, põe a mão pro ar (o meu ceará)
o verso é livre como carcará (o meu ceará)
nordeste rima sem seu alvará (o meu ceará)
(um dos melhor speed flow que ‘cê ouviu vem do ceará)
[saída: patativa do assaré]
eu sou brasileiro, fio do nordeste
sou cabra da peste, sou do ceará
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