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snas - marca passo lyrics

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[intro]
cobra
esse é o pensamento do cara ignorante que não entende a nuance da vida e acha que tudo é simples e, porque ele não consegue entender o porque do, o do quê ele acha isso e porquê ele existe

[verso 1]
bebendo um último gole de vinho da taça
tá top a carapaça
um porre e cachaça pra afogar as dores a mágoas
não, não, cara, passo
essa porra é trapaça, tu tá de kamasu
porque tu é cabaço
dessa palhaçada eu quero espaço
graças a dеus, preferi ser paiaço
k, k, pra afogar minhas dorеs e lágrimas o meu recurso é escasso
o grafite tá caro, parça, só que eu não me embaço
embaçado essas traça que traça e estraçalha
então faça tudo o que cê fizer por si
que quiçá, se a caçada vir e virá
no fim dela cê vai evoluir

[verso 2]
k, k, me sinto vivaço com a massa cefálica no ácido
um rap não se passa sem antes tu passar a língua no meu membro flácido
falar do meu fálico é um clássico, minha bola encaçapo
meu saco em tua vala e estaca no seu buraco, vê se engole minha vara e meu taco
depois joga a gala no vaso, é privada a nossa conversa
os corpos se entrelaçam por mais que sejamos tão feios quanto um gato persa pelado
ahn, eu já esqueci do que eu tava falando
portanto me deixa voltar pro começo
pra tu ouvir as rima do primeiro verso
[verso 3]
quando paro no meio da praça ou na rua
enquanto meu ego arregaça+me
tua ameaça me fez separar cada parte
da mente do resto da raça
minha vontade não é nada quando ‘cê a amassa
arregaça e acaba com cada sinapse que passa eletricidade
pelo resto da bagaça crua
grafite tá caro, mas inspiração tá de graça
por que crio um êxodo se esqueço do que eu vejo fora da caixa?
então se abaixa que tentativa falha tá virando bala, cuidado
não quero que tomem a rajada e que, tampouco, eu seja o culpado

[verso 4]
tô me agoniando tanto, socorro, do nada
maldito de um conto de fada em que morro chorando
e mesmo na aula eu fico em pranto, escorro na sala
não vou falar que me cala, mas, porra, é cada esporro que ando tomando
parece, mas não canto tão rápido
é que penso avoado
e quando falo sai tudo embolado
cê entende meu lado?
cê até sabe o que falo mas tu não sabe o que sinto
tudo o que cê sabe sobre mim no fim tava errado, filho

[verso 5]
meu speed é de parar teu marca passo
a cada passo que eu dou eu faço parecer um pulo do terraço
meu compasso me dá ânimo ou cansaço?
tanto faz, a dor no baço é tão boa quando cada cara ultrapasso
quando a boca assa no aço, roubado tipo yasuo
tu não me coloque a mordaça porque eu arranco no braço
ainda bem que meu nascimento não foi no século passado
porque se rap fosse arte eu seria o pablo picasso
[verso 6]
joguei fora 90 folha de almaço
é foda, os cara’ me olha e não imagina que eu falo que nem zé graça
de um jeito que estoura as corda, nunca toquei em um maço
mas quando falo, eu juro que grito e só sai fumaça
eu tô cansado, engraçado eu querer um abraço
depois de rejeitar o mundo, sim eu tinha cagaço
não quero perder meus laço, não vão pegar meus pedaço’
ameaça tirar meus filho que sua cara estilhaço
ora firme, ora fraco, a minha vidraça é tão frágil
até maça de borracha a quebra sem muito esforço
eu sou um cientista louco, eu sou um pequeno rato
a própria realidade e é por isso que eu me distorço



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