thiago elniño - pretos novos lyrics
[letra de “pretos novos” com thiago elniño & projeto preto]
[intro: vibox]
em cada espaço que eu vou
sinto o peso do meu ser
íntimo dessa dor
que ainda não cicatrizei
[refrão: thiago elniño & projeto preto]
‘cês tão fudido pra nos segurar
‘cês tão fudido pra nos segurar
‘cês tão fudido pra nos segurar
que o dia dos preto dominar um dia vai chegar
‘cês tão fudido pra nos segurar
‘cês tão fudido pra nos segurar
‘cês tão fudido pra nos segurar
que o dia dos preto dominar um dia vai chegar
[verso 1: thiago elniño]
pedra no caminho dos racista, ó
ele é conhecido como elniño, ahn
um mc que rima com as alma
por isso que ele nunca tá sozinho
racistas reclamam que andam o vendo hoje em dia em muitos lugares
-ssustados tipo quem vê fantasma
mas ele tá mais pra uma entidade
preto velho, não, preto novo
muita sabedoria e pouca idade
com a voz [?]
conversando com exu sobre eternidade
um dia ele disse que todo menino preto é um deus, então entenda
que autoestima é tipo fé, uma prova é tipo uma oferenda
quando um preto tira a vida e tenta entender que há muito tempo se fomenta
um plano de ação dessa gente nojenta, porca, xexelenta pra se eternizar
no papel de quem domina o estado, quem controla a mídia e o capital privado
tem destruição como o maior legado e a fome compulsória por colonizar
mata índio e escraviza os preto, nunca compreenderam a palavra “respeito”
me dizer que somos iguais não aceito, mais que melanina eu vejo faltar
nessa gente que macula a terra; mano preto, entenda que estamos em guerra
e essa porra, mano, um dia se encerra quando nosso povo se organizar
[refrão: projeto preto]
‘cês tão fudido pra nos segurar
‘cês tão fudido pra nos segurar
‘cês tão fudido pra nos segurar
que o dia dos preto dominar um dia vai chegar
‘cês tão fudido pra nos segurar
‘cês tão fudido pra nos segurar
‘cês tão fudido pra nos segurar
que o dia dos preto dominar um dia vai chegar
[verso 2: d’ogum & denvin]
antes: navio lotado, com corrente, chibata
hoje: camburão, bala perdida de gente que mata
tava escrevendo, mais um de 12 se foi, minha parça se foi
pergunta estranha, tá nas entranha, nós já vai ou já se foi?
eles atira do nada, nossa dor vira piada
senhor, ele não respira, que nada!
no chão do mercado, mais uma vida tirada
deturpa a história e eu já tô sem paciência
reparação histórica é sumir com a sua existência
estado quer nós [?] por completo
eu só vejo os meus com os corpos no concreto
guerreiro africano, eu vim de lá
se for pra viver, decidi matar
plow plow plow plow plow [?]
áfrica sim, grécia nah nah
essa porra né filme de bang bang
é meu povo que morre sem nem
ter direito a defesa, com tiro no peito
a cabeça com medo de quem vem
senti o orixá aqui afetar
[?], me afeiçoar
branco, te criei, mas também posso descriar
[verso 3: anarka & vibox]
tem pouca idade, mas né criança se é neguim
do gueto, vivo ou morto, pro estado tanto faz
a quilombo, minha mente é ideia que permeia
a unificação do meu povo cada vez mais
longe do ocidente branco, entendo o meu corpo preto
mil linguagens, mil nações, iorubá, gueto
temos todo o poder nas mãos e o [?] dinheiro
quem vai dizer que minha herança é sofrimento?
ferida aberta, exposta desde a costa
sei que eles não gosta de saber que eu sei do meu valor (carai!)
ainda hoje me anulam, nossos direitos burlam, minha cultura sujam
eu não vim a seu dispor
[refrão: thiago elniño & projeto preto]
‘cês tão fudido pra nos segurar
‘cês tão fudido pra nos segurar
‘cês tão fudido pra nos segurar
que o dia dos preto dominar um dia vai chegar
‘cês tão fudido pra nos segurar
‘cês tão fudido pra nos segurar
‘cês tão fudido pra nos segurar
que o dia dos preto dominar um dia vai chegar
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